FONTES DE INFORMAÇÃO
Acervos Bibliográficos
BVS DIP
Inovação e propriedade intelectual
Memórias do IOC
Obras Raras
Teses Fiocruz
Videoteca
E mais...
SERVIÇOS
Catalogação na fonte
Comutação
Conservação e preservação
Ebooks
Empréstimo pessoal
Empréstimo entre bibliotecas
Formulário de inscrição
Mesa de Quarta-feira
Novas Aquisições
Reserva
Solicitação de cópias
Visitas orientadas
Ficha Catalográfica
PRODUTOS
Boletim
Exposição
Série Biografias
Série Doenças
Série Fontes de Referências
UTILIDADES
Conveniências no local
Normalização
Como chegar
Fale Conosco
Mapa do sítio
Nossa equipe
Perguntas freqüentes
Doença infecciosa não contagiosa que se apresenta com características clínicas e epidemiológicas diversas em cada área geográfica.
Trata-se de uma zoonose urbana e periurbana dividida em quatro grupos: leishmaniose cutânea, que é a que produz exclusivamente lesões cutâneas, ulcerosas ou não, porém limitadas; leishmaniose cutâneo-mucosa ou leishmaniose mucocutânea, caracterizada por formas que se complicam freqüentemente com o aparecimento de lesões destrutivas nas mucosas do nariz, boca e faringe; leishmaniose visceral ou calazar, formas viscerais em que o parasito tem afinidade (tropismo) com o SFM (sistema fogocítico mononuclear) do baço, do fígado, da medula óssea e dos tecidos linfoides ; leishmaniose cutânea difusa, formas dissiminadas cutâneas que se apresentam em indivíduos alérgicos ou, tardiamente, em pacientes que foram tratados de calazar.
O parasito responsável pelas leishmanioses humanas é um protozoário que durante seu ciclo evolutivo necessita de hospedeiros vertebrados e de hospedeiros invertebrados (flebótomos). Para identificar as diferentes estirpes isoladas foi elaborada uma classificação baseada fundamentalmente nas doenças que eles produzem, levando-se em conta o quadro clínico e também as características biológicas, geográficas e epidemiológicas.
L. brasilienses, L.chafasi, L.mexicana , L.amazonensis constituem exemplos de parasitos causadores de leishmanioses.
Para detectar uma infecção, costuma-se recorrer a um dos dois métodos seguintes: Inoculação do material suspeito (tecido, etc.) em um meio de cultura adequado; ou inoculação do tecido, devidamente triturado, em mais de um animal de laboratório muito suscetível, como o hamster (mesocricetus, aratus).
O vetor das leishmanioses é sempre um flebotomínio, que ao picar o indivíduo ou o animal parasitado retira junto com o sangue ou com a linfa intersticial as leishmanioses, que passarão a evoluir no interior do tubo digestivo, sofrendo muitas modificações.
Ao alimentar-se com o sangue de outros animais ou pessoas, o inseto passa a regurgitar o material aspirado. Fica assegurada desse modo, a inoculação de formas infectantes em um novo hospedeiro vertebrado, completando assim o ciclo evolutivo do parasito e a sua propagação a novos indivíduos suscetíveis.
Os flebotomínios são pequenos, muito pilosos de cor palha ou castanhos claros, facilmente reconhecidos pela atitude que assumem quando pousados, permanecendo com as asas entreabertas e ligeiramente levantadas, ao invés de se cruzarem sobre o dorso. São conhecidos como: "cangalha", "orelha de veado": "mosquito palha", "tabuira", e etc. Apenas dois gêneros são realmente importantes para a epidemiologia das leishmanioses: Lutzumira, cujas fêmeas picam o homem (leishmaniose da América) e Phlebotomus, responsáveis pelas leishmanioses da África, da Europa e da Ásia.
Os animais reservatórios são os roedores, marsupiais (Didelphis) e cães domésticos. Dependendo do tipo de leishmaniose e da região endêmica, a doença recebe um nome característico de cada região, de acordo com a sua origem: "botão do oriente", "úlcera ou botão de Bikra (Argélia )", gafsa (Tunísia), Bagdá (Iraque), espúndia, úlcera de Bauru, ferida brava, úlcera de los chicleros, "bay sore".
A leishmaniose apresenta ampla distribuição no Brasil, Venezuela, Guiana Francesa, América Central, nas áreas florestais dos Andes, Suriname, Panamá, Oriente Médio, região neotropical e planície litorânea do golfo do México, Guatemala, Belize, Bacia Amazônica e outros.
O controle da doença é feito através do combate aos insetos por meio de inseticidas. Além disto, deve-se evitar os locais já sabidamente freqüentados pelos flebótomos ao entardecer e ao diagnosticar os animais domésticos, tratá-los logo que se suspeite dos sintomas da doença.
O tratamento é específico para cada tipo de leishmaniose através de drogas também especificadas.
Bibliografia
AGUIAR, G.M.;VILELA, M.L.; SOUCASAUX, T. Aspectos da ecologia dos flebótomos do Parque Nacional da serra dos Órgãos do Estado do Rio de Janeiro; V - Preferências alimentares (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v.81, n. 4p. 477-479, out./dez. 1986.
BRYCESON, A.D.M. Mechanism of disease in leishmanioses. Sympodium of the British Society for Parasitology, v. 13, p. 85-100, 1975.
REY, Luis. Parasitologia .2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogam, 1991.
Av. Brasil, 4365 - Pavilhão Haity Moussatché - Manguinhos - RJ - Brasil - CEP 21040-360| Tel.: (21) 3865-3201 | e-mail: bibmang@icict.fiocruz.br | Horário de funcionamento: De 2ª a 6ª-feira das 8h às 17h