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Tétano

Doença infecciosa, não contagiosa, aguda, causada pelo Clostridium tetani , que se desenvolve anaerobicamente no local de um ferimento produzindo uma potente toxina. O Clostridium tetani é um bacilo esporulado da família Bacillaceae, que em condições favoráveis à germinação transforma-se em formas vegetativas e passa a elaborar sua toxina, a tetanospasmina, que age sobre as células do sistema nervoso central.

Os esporos da bactéria do tétano são introduzidos principalmente no corpo através de um ferimento, geralmente do tipo perfurante, contaminado com terra, poeira da rua ou fezes humanas ou de outros animais, mas também através de cortes, arranhões, queimaduras e ferimentos insignificantes que passam despercebidos.

O tétano neonatal, em geral, ocorre através de infecção do umbigo não cicatrizado, sobretudo quando no coto umbical é usado substâncias e materiais contaminados, como tesouras e facas. Tem distribuição mundial, prevalecendo nas zonas tropicais e subtropicais. Constitui grave problema de saúde pública para muitos países em desenvolvimento na América Latina, África e Oceania.

Em geral, o período de incubação é de 4 dias a 3 semanas, dependendo da natutreza, da extensão e da localização do ferimento. No tétano neonatal os sintomas aparecem entre o 5° e o 12° dia. Não se transmite diretamente de um indivíduo a outro. Caracteriza-se por contrações musculares dolorosas, principalmente dos músculos da cabeça, que eleva a mandíbula, e do pescoço, depois, dos músculos do tronco. A rididez abdominal é um sinal inicial comum, mas às vezes fica limitada à região do ferimento. Há espasmos generalizados, além da dificuldade de deglutição, sudorese, arritmia cardíaca e irritabilidade.

O bacilo raramente é isolado do local da infecção e, em geral, não há resposta detectável de anticorpos. O diagnóstico normalmente é clínico, sendo feito pela avaliação do tipo de ferimento e possíveis contaminações, como terra, poeira, similares. A prevenção e o controle através da vacinação em massa da população com o toxóide tetânico desde a infância, com reforço a cada 10 anos. Em caso de ferimento, além dos cuidados adequados no tratamento da ferida, retira-se o corpo estranho, efetuando enérgica remoção dos tecidos desvitalizados.

A prevenção em relação ao tétano neonatal deve feita pela orientação às mães, parentes e atendentes na prática de assepsia rigorosa dos instrumentos de corte e do coto umbilical dos recém-nascidos. Complementa este texto, o GLOSSÁRIO da " Série Doenças ".

Bibliografia

BENENSON, Abram S. (Ed.) El control de las enfermidades transmisibles en el hombre. 15.ed. Washington: OPAS, OMS, 1992. 618p. (Publicacción Científica, 538)
REY, Luís. Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c1999. 825p.
VERONESI, Ricardo. Doenças infecciosas e parasitárias. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. p.447-466.

 

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