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Leonidas de Mello Deane

Leônidas de Mello Deane nasceu em 18 de março de 1914, em  Belém do Pará.  Formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará e, 1935, acabou ingressando nessa instituição como professor de microbiologia no ano seguinte. Nesta data, exerceu ainda o cargo de parasitologista do Instituto de Patologia Experimental do Norte – posteriormente Serviço Especial de Saúde Pública e atual Instituto Evandro Chagas - , onde permaneceu até o ano de 1939, voltando a exercer as mesmas atividades entre 1942 e 1949. Durante o primeiro período, fez parte da equipe dirigida por Evandro Chagas, que realizava estudos pioneiros sobre leishmaniose visceral e outras endemias rurais.

Também no ano de 1939 ingressou no Serviço de Malária do Nordeste, participando da campanha de combate ao Anopheles gambiae, lá permanecendo até 1942.

Em 1940 casou-se com Maria José Von Paumgartten, também cientista, cuja trajetória profissional desenvolveu-se junto a do marido, desde quando eram namorados na Faculdade de Medicina até a sua morte.

Entre 1944 e 1945 realizou nos Estados Unidos o mestrado em Saúde Pública na Escola de Higiene e Saúde Pública da Universidade de Johns Hopkins e os outros cursos de entomologia geral e parasitologia humana na Universidade de Michigan. Retornando ao Brasil, ocupou o cago de chefe do Laboratório de Entomologia do Instituto de Malariologia, no Rio de Janeiro até 1953, quando transferiu-se para São Paulo, a convite de Samuel Pessoa ingressando na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

A partir da década de 1960, teve atuação destacada em instituições e de pesquisa científica internacionais, tais como a Academia Nacional de Ciências e o Conselho Nacional de Pesquisa, ambos dos Estados Unidos, a Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde. Na OMS, foi perito em doenças parasitárias (1964-1980 e 1985), membro do Grupo Científico sobre a Parasitologia da Malária (1968) e do Comitê de Conselheiros em Pesquisa Médica (1974-1977) e consultor temporário em doenças tropicais (1978-1979).
No ano de 1968, sua única filha, Luiza, foi obrigada a deixar o Brasil como tantos outros cujas idéias e atividades políticas não eram toleradas pelos militares que governavam o país desde o golpe de 1964. O exílio voluntário, para acompanhar a filha, levou-os de volta à Universidade de Carabobo, na Veneza, (1976-1979) pós um breve período no Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa (1975).

Em 1980, foi convidado a ingressar na Fiocruz como chefe do departamento de Entomologia do Instituto Oswaldo Cruz. Em 1990 aposentou-se compulsoriamente, faleceu em 30 de janeiro de 1993, aos 79 anos.

Leônidas Deane, e sua esposa, foram homenageados pela Fiocruz com a criação do Centro de pesquisa Leônidas & Maria Deane, em Manaus (1994), e por pesquisadores brasileiros e estrangeiros que designaram seu nome para as seguintes novas espécies de insetos e protozoários: Phlebotomus deanei Damasceno, Causey & Arouck, 1948, Pará ( com M. P. Deane); Culex deanei Corrêa & Ramalho, 1959, São Paulo; Triatoma deanei Galvão et al., 1967, Goiás ( com M. P. Deane); Trypanosoma leonidasdeanei Zeledon, 1969, Costa Rica; Polychromophilus deanei Garnham, Lainson & Shaw, 1971, Pará ( com M. P. Deane); Leishmania hertigi deanei Lainson & Shaw, 1977, Pará; Phoniomyia deanei Lainson & Shaw, 1977, Pará; Phoniomya deanei Lourenço-de-Oliveira, 1983, Rio de Janeiro; Psychodopygus leonidasdeanei Fraiha, Ryan, Ward, Lainson & Shaw, 1986, Pará; Dermatophagoides deanei sp. N. Galvão & Guitton, 1986, Brasil ( com M. P. Deane); Anopheles ( Nyssorbynchus) deaneorum Rosa-Freitas, 1989, Rio de Janeiro ( com M. P. Deane).

(Extraído de: Inventário Analítico Fundo Leônidas Deane Depto. de Arquivo e Documentação/COC/FIOCRUZ, p. 27-29, 1999)

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