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Congresso reúne mais de mil pessoas de 24 países em Brasília

Publicada em: 18/10/2010
Por: Igor Cruz

Especilistas de 24 países e cerca de mil congressitas participaram ontem da abertura do V Congresso Nacional de Bancos de Leite Humano e I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano,em Brasília. O evento é a oportunidade de troca de experiências entre os membros do Programa Iberoamericano de Bancos de Leite Humano (IberBLH), que no encontro avaliam a condução e a implementação de bancos de leite em suas respectivas regiões. Ao final do congresso, os representantes dos países assinarão a Carta de Brasília 2010, documento contendo a diretrizes que nortearão o trabalho do Programa IberBLH nos próximos cinco anos, e será definida a data da criação do Dia Mundial de Doação de Leite Humano.

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A solenidade, realizada no auditório do Centro Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), contou com a participação de representantes do Ministério da Saúde, da Fiocruz, do Unicef, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, do Corpo de Bombeiros Militar de Brasília e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A importância dos bancos de leite para a redução da mortalidade infantil e neonatal, com ênfase nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) estabelecidos pela OMS, foi o principal tema abrodado em todas as apresentações. 

A programação do primeiro dia do congresso incluiu diversas palestras sobre os desafios e soluções para a rede de bancos de leite humano, no Brasil e nos demais países participantes do Programa IberBLH. Foram apresentadas as experiências de Brasília, cidade que está a um passo da autossuficiência no fornecimento de leite para bebês prematuros; Guatemala, que abriga o primeiro banco de leite da América Latina; São Paulo, gestor da maior rede de bancos de leite humano do mundo; Venezuela, com 15 anos de experiência em bancos de leite e Rio de Janeiro, onde nasceu a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano e está instalada a secretaria executiva do Programa IberBLH. Especialistas dos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, e também da Argentina e Espanha deram palestras sobre suas respectivas experiências na gestão da bancos de leite humano.

Na mesa de abertura do evento, a representante do Unicef no Brasil, Jane Santos, falou sobre a posição privilegiada do país, gestor da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano e do Programa IberBLH, por intermédio da Fiocruz, em relação aos países da América Latina. "A iniciativa denota a capacidade do Brasil de atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, principalmente as metas referentes à mortalidade infantil, apesar do desafio da desigualdade social que o país precisa enfrentar", ressalta Santos.

"Esse é um trabalho coletivo, de todos nós, não apenas do Brasil. Hoje podemos debater em conjunto o que foi realizado desde a assinatura da Carta de Brasília 2005, e projetar os objetivos que queremos alcançar nos próximos cinco anos para reduzir a mortalidade infantil e neonatal", enfatiza João Aprígio Guerra de Almeida, coordenador do Programa IberBLH.

Na opinião da vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Maria do Carmo Leal, a expertise criada no Brasil com o trabalho desenvolvido pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano e o Programa IberBLH, como o trabalho de coleta, controle de qualidade, estocagem e armazenamento do leite, além do desenvolvimento tecnológico, com a criação de sistemas, aplicativos e biblioteca virtual, reflete a relevância da atividade para o Brasil e o mundo. "O Sistema Único de Saúde deveria olhar com muita atenção para a Rede BLH pelas múltiplas oportunidades e frentes que ele abre", enfatiza.

Para Adson França, representante do Ministério da Saúde, os mais de 190 bancos de leite que compõem a rede brasileira já comprovam a importância do trabalho gerido pela Rede BLH. "A iniciativa atende a todos os valores para se atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", reforça França.

No segundo dia do evento, a programação prevê palestras sobre os desafios e soluções na rede BLH; segurança alimentar e comunicação na Rede BLH, entre outros temas.

 

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