Autoclavagem
A
autoclavagem é um tratamento térmico bastante utilizado
no ambiente hospitalar e que consiste em manter o material contaminado
a uma temperatura elevada, através do contato com vapor de água,
durante um período de tempo suficiente para destruir todos os
agentes patogênicos.
O processo inclui ciclos de compressão e de descompressão
de forma a facilitar o contato entre o vapor e os materiais contaminados.
Os valores usuais de pressão são da ordem de 3 a 3,5 bar
e a temperatura atinge 135ºC. Tendo a vantagem de ser relativamente
simples e poder ser utilizada para esterilizar diversos tipos de materiais
hospitalares.
A
autoclavagem é composta basicamente das seguintes operações
-
Pre-vácuo. Criam-se condições de pressões
negativas de forma que, na fase seguinte, o vapor entre mais facilmente
em contacto com os materiais a serem esterilizados.
-
Admissão de vapor. Introdução de vapor na autoclave,
seguido do aumento gradual da pressão, de forma a criar condições
para o contacto entre a água superaquecida e os materiais,
e para facilitar sua penetração nos invólucros,
dando acesso a todas as superfícies.
-
Esterilização.
Manutenção de temperaturas e pressões elevadas
durante determinado período de tempo, ou seja, até se
concluir o processo. De acordo com a carga, o especialista define
o tempo e a temperatura de cada ciclo.
-
Exaustão
lenta. Libertação gradual do vapor que passa por um
filtro com poros finos o suficiente para evitar a passagem de qualquer
microrganismo para o exterior da autoclave, e permitir a diminuição
gradual da pressão até que seja atingida uma atmosfera.
-
Arrefecimento da carga. Arrefecimento da carga até uma temperatura
que permita a retirada dos materiais da autoclave.
-
Descarte do condensado. A utilização do vapor na autoclavagem
dá origem à formação de um efluente que
deverá ser descarregado numa estação de tratamento
e liberado como um efluente doméstico.
Este
texto é uma colaboração do Dr. Franz Reis Novak,
que é Doutor em Microbiologia Médica, Chefe do Laboratório
de Controle de Qualidade de Alimentos e Professor do Curso de Pós-Graduação,
ambos do Instituto Fernandes Figueira / FIOCRUZ
franz@procc.fiocruz.br
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