Órgão de divulgação da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, esse periódico é um dos que teve maior duração no século 19, tendo sido publicado de 1833 a 1892. Seus primeiros redatores foram o cônego Januário da Cunha Barbosa, o juiz Baltasar da Silva Lisboa e o frei Custódio Alves Serrão, escritor do Museu Nacional. Tinha, em média, cerca de 300 páginas, alcançando tiragem de mil exemplares por número, e era distribuído em fazendas do Rio de Janeiro.
Dentro da ampla concepção do termo “indústria” da época, a revista destinava-se a fazendeiros, fabricantes e classes industriais e tratava os mais diversos assuntos. Traduzia, ainda, artigos de publicações estrangeiras como O Agricultor Americano (EUA) e o Jornal dos Conhecimentos Úteis (França).
Como se pode perceber pelo título completo: Auxiliador da Indústria Nacional ou coleção de memórias e notícias interessantes para os fazendeiros, artistas e classes industriosas no Brasil, tanto originais como traduzidas das melhores obras que nesse gênero se publicam nos Estados Unidos, França e Inglaterra etc., esse periódico procurava divulgar no país conhecimentos úteis à lavoura e às demais indústrias nacionais.
Encontram-se no Auxiliador alguns artigos reproduzidos de O Patriota, o que reforça a importância do periódico como um dos primeiros divulgadores da cultura científica no Brasil.
Fontes:
SAMPAIO, Nadja Paraense. Palestra proferida na Fiocruz. Rio de Janeiro, 14 ago. 2007.
SANTOS, Nadja P e ALENCASTRO, R Bicca de: Pinto, Ângelo da C. “Jornais científicos brasileiros do século XIX (1813-1889) - Publicações na área da química”. Química Nova. (Submetido)
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