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Fundação Oswaldo Cruz

Almanaque Bertrand

O Almanaque Bertrand começou a circular no Brasil em 1899, publicado pela Editora Brasil América Ltda até 1969. Com periodicidade anual, o almanaque continha em torno de 380 páginas. Logo no início, trazia informações que ratificavam a qualidade dos seus escritos: “O presente almanaque conta com a colaboração obsequiosa, na parte astronômica, do Dr. Manuel António Peres Júnior, diretor do Observatório Astronômico de Lisboa; e, na parte matemática, do engenheiro Álvaro da Silva Lima”. Esta era uma das estratégias usada pelos editores/compiladores de almanaques que, ao identificar os autores como professor ou pesquisador, buscavam dar credibilidade e prestígio aos seus impressos e, conseqüentemente, obter o atestado de cientificidade.

Seguindo o modelo dos almanaques da época, o Bertrand incluía calendário, artigos, poemas, provérbios, anedotas, caricaturas, além das adivinhações que demandavam interpretações cuidadosas dos textos. Os desafios matemáticos nele publicados tornaram-se importante aspecto da popularização dos conhecimentos escolares, além de manter relação de intercomunicação com o seu público leitor.

A publicação continha ainda um “Índice do Extrato do Catálogo Geral”, que indicava como leitura várias obras das coleções de viagens aos mundos conhecidos e desconhecidos, ciências, história, geografia, filosofia, entre outras.

Fontes:

BASTOS, José (ed.). “Correspondência”. Almanach Bertrand para 1901, Lisboa, p. 314-315, 1900.

CORREIA, JDP, e Guerreiro, MV. “Almanaques ou a Sabedoria e as Tarefas do Tempo”. Revista ICALP, vol. 6, p.43-52, ago./dez.1986.

PARK, Margareth B. Histórias e leituras de almanaques no Brasil. Campinas: Mercado de Letras, Associação de Leituras do Brasil, Fapesp, 1999.


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