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Fundação Oswaldo Cruz

Minerva Brasiliense

Intitulado um “jornal de ciências, letras e artes, publicado por uma associação de literatos, esse periódico propõe uma discussão sobre o que é cultura brasileira ou não”, circulou entre 1843 e 1845. Tinha como editor Justiniano José da Rocha, que passaria a ser responsável pela revista Guanabara, e cujo trabalho é considerado como o melhor exemplo da conjugação imprensa/literatura do período.

O periódico teve duas fases. Na primeira, teve como redator-chefe o médico e advogado Francisco de Sales Torres-Homem, o que contribui para que o periódico tivesse um víeis que pode ser considerado científico. Nessa fase foi publicado, por exemplo, o artigo “Progresso do século atual”, espécie de manifesto-programa em que se exaltam os avanços do século 19 nos diversos ramos do conhecimento humano.

Nessa época, as seções do periódico incluíam grande variedade de assuntos científicos e colaboradores eventuais oriundos das ciências físicas, físico-matemáticas e naturais, como Francisco Freire Alemão e Frei Custódio Alves Serrão, ligados ao Museu Nacional.

No entanto, apesar do apelo científico inicial, o jornal iria se firmar, na segunda fase, apenas na área literária.

Fontes:

SAMPAIO, Nadja Paraense. Palestra proferida na Fiocruz. Rio de Janeiro, 14 ago. 2007.

SANTOS, Nadja P e ALENCASTRO, R Bicca de: Pinto, Ângelo da C. “Jornais científicos brasileiros do século XIX (1813-1889) - Publicações na área da química”. Química Nova. (Submetido)


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