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Almanaque Brasileiro Garnier

O Almanaque Brasileiro Garnier foi publicado entre 1903 e 1914, pela Livraria Garnier do Brasil, livraria e editora carioca que iniciou suas atividades em meados do século 19. Durante os quatro primeiros anos, Ramiz Galvão esteve à frente do Almanaque; sendo a direção depois assumida por João Ribeiro.

A publicação era voltada essencialmente ao público urbano, especialmente do Rio de Janeiro, então capital da República, e de São Paulo, que começava a se industrializar. Entre seus leitores estavam funcionários públicos, profissionais liberais, comerciantes e estudantes de ensino médio e de escolas normais.

Até a edição de 1906, o Almanaque se estruturava em cinco partes: cronologia e calendário; geografia e estatística; literatura; o ano político; variedades. Ao final, trazia tabelas, notas e informações variadas, além de calendários para pagamentos de impostos, dados estatísticos, festas nacionais e estaduais, astronomia, dicionários de primeiros socorros e informações sobre diversas doenças.

A partir de 1907, já sob a direção de João Ribeiro, a publicação ganha cara nova, com modificações na diagramação visual da capa, e passa a veicular uma seção chamada “Ciência e Erudição”, cujo objetivo era divulgar trabalhos desenvolvidos no Brasil e desconhecidos do público nas áreas de ciências geográficas e naturais.

“Acharão lugar as questões do folclore, etnografia, história, viagens, lingüística e ciências naturais, sempre em referência ao Brasil e às nossas cousas” (p.33).

O Almanaque também trazia diversos anúncios publicitários ilustrados que evidenciam os costumes, os hábitos e as transformações que modelavam a sociedade da época.

Fonte:

DUTRA, Eliana de Freitas. Rebeldes literários da República: História e identidade no Almanaque Brasileiro Garnier (1903-1914). Belo Horizonte: UFMG, 2005.


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