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Fundação Oswaldo Cruz

A contribuição da visita ao Museu da Vida para a formação de concepções sobre saúde e ambiente: uma experiência com jovens do projeto Ciência e Sociedade

Dissertação (Mestrado) - 2008

Autor: Vânia Rocha

Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz

Resumo

O Museu da Vida é um espaço da Fundação Oswaldo Cruz aberto ao público com missão de educar em ciência e saúde. Localizado no município do Rio de Janeiro, o museu promove educação em saúde nas diversas atividades oferecidas em seus cinco espaços de visitação. Desenvolve ainda projetos e programas em parceria com o sistema formal de educação, compartilhando interesses educacionais em comum. Dentre estas iniciativas, o projeto Ciência e Sociedade, realizado com jovens de escolas públicas, tem a visita ao museu como seu ponto de partida. Porém, só é possível afirmar a contribuição das atividades realizadas para a educação em saúde destes estudantes por meio de avaliação específica. Neste sentido, o objetivo da presente pesquisa foi conhecer de que forma algumas atividades realizadas durante a visita contribuem para a formação de concepções mais amplas sobre saúde pelos jovens que participam desse projeto. Procuramos também identificar se as atividades realizadas em quatro espaços de visita, potencialmente auxiliam a compreender saúde de forma ampla. A abordagem qualitativa foi escolhida como opção metodológica por se tratar de um estudo de caso que envolve um fenômeno processual como a aprendizagem em museus. Por meio da aplicação de questionários e entrevistas antes e após a visita, coletamos os dados em busca de evidências da influência desta experiência e os analisamos à luz da Teoria da Aprendizagem Significativa. Os questionários foram aplicados a todos os jovens que participaram do projeto em 2006, antes de visitarem o museu. Realizamos também entrevistas antes, depois e após um ano da realização da visita, porém com um número menor de estudantes do mesmo grupo. Os resultados indicam que a visita realizada com o grupo vinculado ao projeto, constituiu-se em um ambiente propício à captação de significados, fato que favoreceu a aprendizagem para compreender saúde de forma ampla. Analisando as concepções dos jovens antes, logo após e um ano depois da realização da visita, encontramos a associação de idéias novas às concepções prévias, evidenciando assim a formação de concepções mais amplas sobre saúde. Percebemos ainda que os jovens conseguiram elaborar respostas mais ricas em argumentos, relacionando diferentes e importantes dimensões da saúde nas entrevistas finais. No entanto, a análise oferece indicações para o aprimoramento das atividades nos vários espaços avaliados. Promover avaliações contínuas da visita com diferentes públicos e sob outros enfoques faz-se necessário para o aperfeiçoamento de suas atividades, na perspectiva de contribuir para uma educação comprometida em formar cidadãos responsáveis, com condições de tornarem-se participativos na sociedade. Palavras-chave: Educação não formal, Saúde e ambiente, Aprendizagem em museus, Aprendizagem significativa.

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