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Fundação Oswaldo Cruz

A difusão científica da AIDS na mídia

Dissertação (Mestrado) - 2004

Autor: Andréa Barbará da Silva

Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina 

Resumo

Esta pesquisa preocupou-se em estudar o que a mídia impressa (revistas) vem divulgando sobre a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) entre 1996 e 2002. Os objetivos são verificar a difusão de informação sobre esta doença e identificar as representações sociais deste tipo de mídia sobre esta epidemia. Trata-se de uma pesquisa documental de caráter descritivo. Foram coletados todos os artigos referentes a AIDS (N = 53) publicados em quatro revistas: uma de atualidade (Veja), uma religiosa (Família Cristã) e duas de popularização (Superinteressante e Ciência Hoje). O material textual foi analisado através do programa informático Alceste – “Analyse par contexte d´un ensemble de segments de texte” (Reinert, 1990). Os resultados apontam que estas revistas publicam poucos artigos sobre o tema no período considerado. Este estudo constatou que a AIDS é apresentada na revista Veja sobretudo como uma doença que atinge pessoas pelas suas relações conjugais resultando em sofrimento dos infectados pelo HIV. A Família Cristã enfocou a AIDS como uma doença cercada de preconceitos e sofrimento para os portadores do vírus e resultado do comportamento, atingindo muitas vezes, crianças. A revista Superinteressante preocupou-se não só com os conteúdos científicos (mais focalizados no tratamento dos portadores do HIV), mas também, com a caracterização da doença como uma epidemia mundial. Já a Ciência Hoje foi a que mais se aproximou do pólo científico, procurando transmitir com detalhe os conhecimentos produzidos pela ciência quanto à caracterização, evolução e tratamento da doença, caracterizando a AIDS como um desafio à atividade científica.


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