Dissertação (Mestrado) - 2006
Autor: Margareth Monteiro Gadelha
Programa de Pós-Graduação em Memória Social, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Resumo
O objetivo deste estudo foi estabelecer um paralelo entre o que foi divulgado a respeito das pesquisas na área de química no Brasil, e compreender como se constitui a identidade deste ramo do conhecimento, a partir das relações entre os discursos produzidos pelos diferentes agentes sociais envolvidos. A partir da verificação de um corpus constituído de textos publicados nos periódicos no ano de 2002, elaboramos uma análise comparativa dos artigos e estabelecemos um paralelo entre as representações da química nos periódicos de divulgação científica e a produção do conhecimento. Desse modo, examinamos os aspectos da linguagem nos discursos de divulgação destes agentes, a fim de perceber o que foi selecionado para divulgação da área. Para estabelecer as categorias e unidades de análise, tomamos como referência a definição de Bakhtin para enunciado em que o autor denomina os gêneros do discurso como tipos que diferenciam os enunciados, e ainda nas interdições de discursos descritas por Foucault como o direito privilegiado e o ritual de circunstância. Nossas considerações finais apontam para a necessidade de se reavaliar o modo de divulgar a Química, pois percebemos que por parte dos químicos existe uma comunicação em linguagem especializada que descarta a possibilidade de interação com a sociedade; e por parte dos jornalistas, falta contextualizar os assuntos divulgados e trazer à população os problemas inerentes ao desenvolvimento de pesquisas no país, assim como as suas conquistas.
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