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Fundação Oswaldo Cruz

Origens do Periodismo Científico no Brasil

Dissertação (Mestrado) - 2005

Autor: Maria Helena de Almeida Freitas

Programa de Pós-Graduação em História da Ciência, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Resumo

Analisa as publicações periódicas da área de ciências no Brasil no início do século XIX, entendendo-as como um dos pilares da institucionalização da ciência no país. Tanto a imprensa quanto as instituições educacionais e científicas somente surgem no Brasil a partir de 1808, com a vinda da família real portuguesa para o país. A corte portuguesa, além de permitir a existência da imprensa no Brasil, criou numerosas instituições científicas que iniciaram a prática e o estudo das ciências, abrigaram coleções de espécimes nacionais e serviram de referência às atividades da medicina, da engenharia, da navegação e da arte militar. Partindo para a análise das publicações periódicas em ciência da época, é avaliado detidamente o jornal O Patriota, Jornal Litterario, Politico, Mercantil &c. do Rio de Janeiro, o primeiro periódico dedicado às ciências e às artes no país, publicado de 1813 a 1814, assim como outros periódicos que surgiram até a década de 1830, a fim de se avaliar as condições de surgimento e as características dessas publicações. A pesquisa também avalia os órgãos de divulgação das primeiras sociedades científicas do século XIX no Brasil, a Sociedade Auxiliadora Nacional, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Imperial de Medicina. Conclui que as publicações periódicas brasileiras das primeiras quatro décadas do século XIX somente tiveram condições de sobrevivência e continuidade quando associadas a agremiações ou instituições científicas. Assim, confirma a hipótese de trabalho, afirmando que o periodismo científico é fundado a partir da institucionalização da ciência no país e que foram essas instituições, efetivamente, que iniciaram tal forma de comunicação da ciência no Brasil.


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