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Fundação Oswaldo Cruz

Escola Tropicalista Baiana: registro de uma nova ciência na Gazeta Médica da Bahia (1866-1889)

Dissertação (Mestrado) - 2008

Autor: Adailton Ferreira dos Santos

Programa de Pós-graduação em História da Ciência, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Resumo

O presente estudo refere-se à chamada "Escola Tropicalista Baiana", criada por um grupo de médicos facultativos e opositores da medicina oficial na segunda metade do século XIX na Província da Bahia. Nele apontamos para a complexa conjuntura de epidemias e guerras e de mudanças políticas-econômicas e científicas promovidas pelo governo imperial, assim como para as disputas de poder entre a recém-criada Faculdade de Medicina da Bahia e a Santa Casa da Misericórdia, onde se desenvolvem as ciências no período do Império. Nesse contexto conflituoso, a "Escola Tropicalista Baiana" desponta como uma comunidade científica, que traz idéias inovadoras para a época, voltadas para a realidade local, com novos métodos de pesquisas e ensino que ajudam a identificar doenças desconhecidas e encontrar novos meios de curas das enfermidades que acometem os homens livres e os escravos. Esses novos conhecimentos científicos, que são divulgados e publicados no periódico dessa comunidade científica, a Gazeta Médica da Bahia, apontam para um novo rumo na medicina brasileira, que alcança reconhecimento dentro e fora do país. Além disso, contribuem para a reformulação do modelo de ciência, até então aceito no Brasil, questionando os conhecimentos europeus sobre os problemas de saúde no país e, também o ensino médico oficial representado pelas Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro.

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