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Fundação Oswaldo Cruz

Aprendizagem em museus: uma análise das visitas escolares no Museu Biológico do Instituto Butantan

Dissertação (Mestrado) – 2007

Autor: Agnes Sapiras

Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade de São Paulo

Resumo

Partindo-se do pressuposto de que as exposições de museus apresentam um grande potencial educativo e, considerando-se as avaliações de público como fundamentais para a implementação das ações educativas desenvolvidas nestes espaços, formulou-se o principal objetivo desta pesquisa, que foi o de investigar de que forma as conversas estabelecidas por meio das interações entre estudantes do ensino fundamental II, durante visitas ao Museu Biológico do Instituto Butantan, podem favorecer o processo de aprendizagem. Enfatizamos que a principal finalidade foi analisar “como” o aprendizado se estabeleceu a partir das interações, que englobaram aspectos voltados ao intercâmbio de informações e significados estabelecidos durante as conversas entre estudantes, e também entre estes e os educadores (monitores/professores) e as interações com a exposição Em nosso referencial teórico adotamos autores que desenvolveram estudos sobre aprendizagem em museus e, pelo fato de enfocarmos nossas análises no processo de aprendizagem por meio das interações, nos inspiramos nos pressupostos da perspectiva sócio-histórica de Vygotsky. Nossa metodologia teve caráter redominantemente qualitativo, porém, também realizamos um breve levantamento quantitativo no intuito de ampliar a compreensão dos dados sobre os indícios de aprendizagem. Os dados foram coletados por meio de observações e filmagens, sendo as análises embasadas em um conjunto de categorias criadas por Allen (2002) para o estudo sobre aprendizagem em museus. De acordo com os resultados, a categoria de conversa conceitual foi a mais freqüente, seguida respectivamente pelas conversas perceptiva, estratégica, afetiva e conectiva. Acreditamos que a visão dos animais no museu gerou estímulos os quais desencadearam uma série de questionamentos entre os estudantes que, por meio de inferências e generalizações, podem ter apreendido os conceitos científicos/biológicos presentes na exposição; daí as conversas conceituais terem se destacado. Além disso, a participação dos monitores durante as conversas se mostrou como um diferencial para a ocorrência desta categoria. Acreditamos que as categorias de aprendizagem desenvolvidas por Allen (2002) auxiliaram na compreensão sobre o modo como os alunos se apropriam dos conhecimentos divulgados na exposição do Museu Biológico do Instituto Butantan, revelando novas possibilidades de estudos relacionados aos processos de aprendizagem que se estabelecem nos museus.

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