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Fundação Oswaldo Cruz

O jornalismo de divulgação científica e a constituição do lugar enunciativo da Superinteressante

Dissertação (Mestrado) – 2007

Autor: Renata Ferreira dos Santos

Programa de Pós-graduação em Lingüística, Universidade Federal de Uberlândia

Resumo

Essa dissertação pretende mostrar como se dá a constituição do lugar enunciativo da Superinteressante no campo discursivo de divulgação científica apontando para o modo como a revista se posiciona em relação às polêmicas instituídas no espaço discursivo em que se discute a temática de manutenção (ou não) da vida humana, no campo do jornalismo de divulgação científica. A partir da noção de gênero de discurso de Bakhtin (2003), traçar algumas considerações sobre o gênero reportagem de divulgação científica, a fim de caracterizar, de maneira minimamente satisfatória, as instâncias reguladoras do corpus de análise, buscando mostrar como as polêmicas são postas em cena nas reportagens por meio do discurso relatado. O intuito é, pois, verificar de que modo e em que medida a revista não se posiciona de forma neutra frente aos temas tratados, apesar de buscar incessantemente construir uma imagem de si como mera mediadora das questões abordadas, o que produz o que chamamos de efeito de posição de neutralidade. O corpus é formado por reportagens de capa da revista. A fundamentação teórica está alicerçada nas formulações de três autores – Bakhtin (1986 / 1929), Authier-Revuz (2004) e Maingueneau (1997; 2005), mais especificamente, nas noções de dialogia, heterogeneidade enunciativa e interdiscurso. A abordagem do corpus se dá a partir da noção de polêmica constitutiva apresentada por Maingueneau (2005).


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