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Fundação Oswaldo Cruz

Maria Julieta Ormastroni

Caça talentos para a ciência

Clubes e feiras de ciência espalhados por todo o Brasil, Concurso Cientistas de Amanhã e Congresso Jovens Cientistas têm em comum o esforço de Maria Julieta Sebastiani Ormastroni. A socióloga dedicou mais de 50 anos à tarefa de despertar o interesse de crianças e jovens brasileiros pela ciência. Como conta nesta entrevista, concedida à Luisa Massarani e a Ildeu de Castro Moreira, em março de 2004, não foi nada fácil, mas imensamente gratificante.

Junto com o bioquímico Isaias Raw na direção do Instituto Brasileiro de Educação, Cultura e Ciências (Ibecc) de São Paulo – órgão vinculado à Unesco –, Maria Julieta foi responsável pela criação de diversos programas não-formais de ciência, que ajudaram a identificar talentos na área e divulgar a ciência Brasil afora.

Nesta entrevista, Maria Julieta relembra as primeiras edições do Concurso Cientistas de Amanhã – idealizado por José Reis e realizado pelo Ibecc –, seu trabalho lúdico de introdução à ciência junto a crianças no clubinho de ciências que criou e sua contribuição de 25 anos para a “Folhinha de São Paulo”. A única lamentação de Maria Julieta é a falta de entusiasmo que vê hoje em programas similares.

Leia aqui a biografia de Maria Julieta Ormastroni

Qual foi a primeira atividade que desenvolveu na área de divulgação científica?
Quando a Unesco foi criada, em 1945, cada país membro se comprometeu a instalar, em seu território, uma entidade para desenvolver seus programas. No Brasil, criou-se, em 1946, o Ibecc, vinculado ao Ministério das Relações Exteriores, com sede no Itamaraty [na época, no Rio de Janeiro]. Em 1950, o reitor da Universidade de São Paulo (USP), Miguel Reale, o governador do Estado de São Paulo e o diretor do Ibecc/Rio criaram a comissão paulista do instituto. Isso foi logo depois de me especializar em biblioteconomia. Jaime Cavalcanti, coordenador do Ibecc/SP, me convidou para ajudar a promover o instituto dentro das faculdades de medicina. Aceitei. Logo conheci José Reis, que já fazia divulgação científica na Folha de São Paulo. Reunimos grupos de alunos, não só da faculdade de medicina, mas também de outras áreas, e formamos um Clube de Ciência.

Quais eram as atividades realizadas por esse clube?
Nessa época, o Ibecc ainda funcionava em uma sala da Faculdade de Medicina da USP. Lá, tinha vários equipamentos e aparelhos médicos. Começamos a emprestar esse material para as escolas. O coordenador vinha aqui, assinava uma ficha, depois trazia de volta. Muitos jovens começaram a se reunir nesse espaço para discutir. Conversávamos sobre tudo, não só sobre ciência. O grupo foi crescendo e fomos nos separando por áreas. Tinha José Feher, Isaias Raw, Paulo Mendes da Rocha... Vinham também professores de fora, como Carlos Nobre Rosa, de Jabuticabal. Um mecânico veio trabalhar com a gente e começamos a fazer kits para o ensino de ciência. Nós mesmos íamos às escolas mostrar os kits. As escolas compravam, nunca tivemos prejuízo. Até que recebemos uma orientação para criarmos uma fundação. A USP nos cedeu um prédio e criamos então a Funbec [Fundação Brasileira para o Desenvolvimento de Ensino de Ciências], para ser uma indústria de construção de material.

Por que a fundação encerrou suas atividades?
A luta para mantê-la era tremenda. A parte comercial era muito complicada. Não tinha gente suficiente para produzir e repor o material. Uma vez, um professor do Ceará encomendou uma máquina pneumática para respiração de animais. Como a gente só fazia material por encomenda, o processo tomava tempo. Quando a máquina ficou pronta, ele disse que tinha demorado muito e a verba que a universidade tinha dado para a compra do equipamento foi usada na compra de outro material. Ele disse que não sabia como resolver o problema. O Ibecc então pagou o equipamento. A gente fazia essas coisas. Não podíamos deixar um professor desesperado. Mas ninguém faz isso hoje. Até que a fundação foi mudando de diretoria e acabou sendo vendida. O prédio, a fábrica, o material... tudo. Os novos donos não deram prosseguimento ao nosso trabalho, não tinham o entusiasmo que a gente tinha.

Além de kits, o Ibecc também trabalhava na preparação de livros didáticos?
Fizemos vários livros para diversas escolas. Alguns coordenadores e professores ganhavam bolsas da Fundação da Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), que era parceira do Ibecc, para fazer livros didáticos. Tínhamos livros de ciência, matemática, arte, português...

Como iniciou sua colaboração com a Folha de São Paulo?
Quando o Dr. Reis criou a “Folhinha de São Paulo”, em 1960, me convidou para escrever. Sugeri que fizéssemos um Clubinho de Ciência para crianças. Ele aprovou a idéia, mas disse: “Isso vai dar um trabalho que você nem imagina”. E deu mesmo. O nosso grupo do Clube de Ciência achou, a princípio, uma loucura criar um clube com crianças. Mas decidiram ver no que ia dar. Iniciamos, então, um programa visando contribuir para a melhoria do ensino de ciência. Partimos de uma educação não-formal, levando em consideração a bagagem espontânea que cada criança carrega, assim formamos o Clube de Ciência e Cultura do Ibecc.

No início, quantas crianças participavam do “clubinho”?
Começamos com um grupo de três crianças entre cinco e sete anos. Depois, o número foi aumentando, chegando até 15 crianças. Nos reuníamos aos domingos no Ibecc, que funcionava na cidade universitária da USP, em um barracão de madeira – posteriormente esse barracão pegou fogo, destruindo todos os documentos e materiais que tínhamos guardados. Alguns pais traziam as crianças de longe só para participar das atividades. Eu tinha um carro pequeno, um Opel de 1939, que enchia de crianças e levava para lá. No carro, as crianças já queriam saber o que iam fazer: “Qual o trabalho de hoje?” Fazíamos uma série de atividades nas áreas de artes, ciências, linguagem e matemática, levando em conta o interesse das crianças, motivadas, muitas vezes, por um assunto surgido na hora.

Que atividades eram desenvolvidas?
Fazíamos de tudo para divertir as crianças. Uma vez elas estavam correndo no sentindo em que a nossa sombra nos acompanha, na frente do sol. Eu disse: “Meia volta vou ver”. Eles voltaram. Eu falei: “Olha onde está a sombra de vocês”. Aí, eles começaram a perguntar como podiam estar pisando na própria sombra. Propus, então, um trabalho. Entramos numa sala escura, fechei tudo. Pedi para uma menina desenhar uma casinha no quadro negro. Enquanto ela fazia a casinha, cortei uma cara de mulher, um cachorro, um menino, grampeei as figuras numa vara, coloquei junto da casinha e acendi uma lanterna. Comecei a contar histórias. Quando colocava as figuras mais para cima, elas perguntavam para onde tinham ido as cabeças. De repente, elas descobrem que o importante é a luz. Aí, perguntei: “Então, lá fora, o que é importante? Quando você vê a sua sombra, o que tem que ter?” Aí, eles descobriram que era o Sol. Então, perguntavam: “De noite dá para ver nossa sombra?” Eu explicava que só era possível se tivesse alguma luz artificial próxima. Isso é que faz com que a criança se interesse.

Como era a preparação das atividades com as crianças?
Era difícil preparar de antemão programas para as crianças, porque as atividades acabavam partindo do interesse delas. Uma vez, eu queria trabalhar as formas com as crianças. Colhi um monte de plantas, porque, nas folhas, você encontra uma enorme variedade de formas. No dia da atividade, estava chovendo muito. No caminho para o Ibecc, ao cruzarmos o rio Pinheiros, um menino falou: “Aqui chove muito porque o Sol bate no rio e evapora a água que forma a nuvem que cai em forma de chuva. Meu pai que me contou”. Quando chegamos, as crianças foram para a janela olhar a chuva que batia no vidro da sala, fazendo comentários sobre a chuva e a água. Percebi que ali estava o interesse do dia e não nas formas. Para orientar a discussão, perguntei: “Então, só o Sol põe a água no ar?” “Só, só”, respondiam entusiasmados. “Vamos ver: vocês acham que seríamos capazes de pôr água no ar?” “Não, não”, responderam. Propus uma experiência. Enchi uma vasilha com água e pedi que encostassem a mão na superfície da água. Pedi que balançassem as mãos molhadas. Após algum tempo, verificaram que as mãos haviam secado. Perguntei: “Para onde foi a água que estava na mão?” A maioria não sabia explicar, até que um menino disse: “A água foi parar no ar”. Disse que sim e que isso se chamava evaporação. Fiz, então, outra experiência. Molhei um guardanapo na água e pendurei na janela. Perguntei: “O que vai acontecer?” “Vai secar”, respondeu uma menina. “E para onde vai a água que estava no pano?” “Vai para o ar”, responderam todos. Fiz, então, uma nova pergunta: “Já vimos que podemos colocar água no ar, mas será que podemos retirar água do ar?” Todos ficaram pensativos, até que um menino falou: “Só se tivéssemos um grande motor que fosse até as nuvens retirar água”. Fui até a geladeira e peguei duas garrafas de guaraná e coloquei na mesa, sobre uma folha de papel. Todos olhavam inquietos sem saber o que ia acontecer. Pedi que observassem as garrafas. Daí a pouco, uma criança notou que estavam aparecendo umas gotinhas sobre as garrafas. Perguntei se sabiam de onde tinham vindo essas gotinhas. “É guaraná que está vazando da garrafa”, disse um menino, no que foi apoiado pelas outras crianças. Pedi que passassem o dedo nas gotas e provassem. “O que acham?”, perguntei. E a resposta veio logo: “Não tem gosto nem cheiro de guaraná”. Eu, de novo: “O que são essas gotas que não têm gosto, cheiro, nem cor?” “Parece água”, disse uma menina. “Se é água, de onde veio?”, perguntei. “Só pode ser do ar”, foi a resposta. Então, concluímos que também podemos tirar água do ar. A partir disso, foi fácil explicar o fenômeno da condensação do vapor de água em uma superfície mais fria. Eles assim descobriam as coisas. Não adiantava trabalhar em cima do que eles não estavam interessados.

As crianças ficavam entusiasmadas com essas experiências?
Muito. Certa vez, comentei com Dr. Reis como me impressionava ver a alegria e satisfação das crianças quando resolviam as questões. Eu disse que, muitas vezes, sentia vontade de fixar esses momentos. Dr. Reis falou, então: “E se eu mandar um fotógrafo?” E, assim, começamos a registrar esses momentos importantes. Os experimentos e as fotos eram publicados na “Folhinha” e o trabalho tinha grande repercussão.

Vocês recebiam retorno dos leitores?
A gente escrevia essas experiências para a coluna e recebíamos muitas cartas. Teve uma muito interessante, de um advogado, justamente sobre essa experiência que acabei de descrever com a garrafa de Guaraná. Ele dizia que havia estudado na Faculdade de Direito, no Largo de São Francisco, no Rio de Janeiro. Na época, tomava chope em um barzinho ali perto e nunca tinha entendido bem essa questão das gotas de água no copo. Sempre achou que fosse chope. Na carta, ele disse que só entendeu o que de fato acontecia quando estava lendo a experiência da “Folhinha” para a filha dele.

Naquela época, havia outras iniciativas de divulgação científica para criança?
Tinha o “Estadinho”. Quando a editora da “Folhinha” foi para o “Estadinho”, convidou Dr. Reis e eu para colaborar. Durante cerca de dois anos, publiquei alguns artigos no “Estadinho”. Mas isso foi depois da “Folhinha”, onde colaborei por 25 anos.

As feiras de ciências também eram uma iniciativa do Ibecc?
Eram. As feiras eram a grande paixão do Dr. Reis. Na década de 60, ele se entusiasmou muito com elas. Eu era responsável pelas feiras de São Paulo. Começamos na Galeria Prestes Maia, depois passamos para o campo de futebol, no estádio do Pacaembu. Depois, fomos para um pavilhão onde é hoje o Ibirapuera. No início, as feiras eram centradas apenas em ciência. Pensamos: “Por que não introduzir teatro, música...?” Começamos, então, a organizar apresentações musicais e de peças teatrais. O projeto ampliou enormemente. Todas as cidades do interior começaram a querer fazer feiras de ciência. Dr. Reis ia, em um carro horrível, assistir às feiras no interior. Ele escrevia desses lugares. Por causa dessas viagens, ele se deu o nome de “caixeiro viajante da ciência”.

A Unesco desenvolvia atividades similares?
No início da década de 60, a Unesco começou a discutir a necessidade de se criar programas de ensino não-formais para melhorar o nível educacional. Em uma reunião em Grenoble, na França, chegou-se à conclusão de que as escolas não davam conta de preparar o aluno para uma carreira universitária. Foi criada, então, a Comissão Internacional de Programas Não-Formais. Em 1962, Carlos Chagas, que era representante do Brasil na Unesco, me pediu para ir à reunião dessa comissão, já que eu tinha prática no assunto. Levei folhetos do nosso programa e todo mundo ficou espantado com o fato de que, enquanto eles estavam discutindo a criação desses programas, a gente já tinha o nosso. Fui chamada para ser vice-presidente do Comitê Internacional de Ciência (CIC), com sede em Bruxelas. Durante uns 20 anos, fiz parte desse comitê.

Outros países começaram então a fazer clubes e feiras de ciências a exemplo dos programas do Ibecc?
Esses programas começaram a pipocar pela América Latina. Havia feiras de ciências em vários países: Inglaterra, Alemanha, Espanha, Argentina, Chile... Fazíamos reuniões internacionais todo ano. Em 1963, Albert Baez, diretor do departamento de ciência da Unesco, fez um programa de troca de experiências entre professores europeus e latino-americanos. Vários professores vieram para cá e passaram um ano. Puderam ver feiras, congressos, concursos... Levaram muitas idéias para seus países. Trabalhávamos muito unidos, me chamavam para participar de congressos, para falar sobre como implantar as feiras.

Qual foi sua participação na concepção e organização do Concurso Cientistas de Amanhã?
Dr. Reis havia escrito – uns cinco anos antes da criação do Ibecc – que sofria porque o talento dos jovens brasileiros não era aproveitado, que ele gostaria que se preocupassem com isso. “Que surjam os cientistas do amanhã” [“Em busca de talentos”, artigo de José Reis publicado na Folha da Noite, em 26 de julho de 1948]. Quando criamos o concurso, em 1957, já tinha nome: Cientistas de Amanhã. O primeiro foi realizado em São Paulo, em 1958. O segundo aconteceu no Rio, no Ministério da Educação, com a presença do ministro Clóvis Salgado. Dr. Reis propôs fazer a premiação dentro da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A partir do terceiro ano, os concursos passaram a ser dentro da reunião. Levávamos até dez jovens, que apresentavam trabalhos e os melhores eram premiados. Consegui uma verba do CNPq para premiar também os professores. De 1960 a 1970, o professor do aluno premiado também recebia prêmio. Coordenei o concurso durante 40 anos.

Qual era o processo de escolha dos dez jovens que iam para as reuniões anuais da SBPC?
Mandávamos seus trabalhos para especialistas de diversas áreas. Depois, os professores da USP faziam uma reunião para discutir os trabalhos e selecionavam até dez que estivessem nas mesmas condições de realização de uma pesquisa. Era fundamental ter um professor orientador.

O concurso Cientistas de Amanhã ainda é realizado anualmente nas reuniões da SBPC. Mudou alguma coisa desde quando a senhora o coordenava?
Na SBPC, tinha um grupo interessadíssimo, entusiasmado, que vinha assistir ao concurso e fazia parte da comissão julgadora. Mas as coisas mudaram. A Unesco não é mais a que conheci. As pessoas mudaram. O CNPq também não é mais o mesmo. Em um dos últimos concursos que organizei, me pediram para convidar o diretor do CNPq. Eu convidei. Ele assistiu à sessão de abertura, foi na apresentação, depois foi conversar comigo. Ele quis saber como o concurso era feito. Disse que abrangia diversos campos de pesquisa, por isso contávamos com especialistas das mais diversas áreas para garantir a qualidade dos trabalhos. Ele me ouviu e disse: “Vamos acabar com essa história de qualidade. Temos que incluir o Norte. Vamos levar esses meninos para ficar em hotéis bons, conhecer essas cidades, aproveitar... isso que importa”. Todo mundo ouviu isso na comissão, eu fiquei sem saber o que falar. O CNPq mudou muito. Hoje, as pessoas não vêem as coisas com seriedade.

Como surgiu o Congresso Jovens Cientistas?
Em 1962, quando foi criada a Fapesp, Warwick Kerr, o primeiro presidente científico da fundação, me procurou dizendo que queria fazer um trabalho com jovens, antes de eles entrarem na universidade. Sugeri que se criasse um congresso de jovens. Os alunos faziam experimentos com ajuda de um orientador e escreviam um trabalho sobre as experiências. Depois, vinham com seus professores, ficavam na USP uns três ou quatro dias e apresentavam seus trabalhos, como em um congresso. Logo houve um movimento para que alunos de outros estados viessem para São Paulo participar. Vinha muita gente de vários estados. Dava muito trabalho.

O Congresso Jovens Cientistas tinha alguma relação com o concurso Cientistas de Amanhã?
Os jovens que participavam do congresso tinham esperança de serem classificados para o concurso. Eles queriam ir para a reunião da SBPC. O congresso era uma espécie de ponte para o concurso.

Como a senhora avalia os programas de divulgação científica promovidos atualmente?
Acho que aquele movimento que iniciamos não existe mais. Tive o prazer de executar várias idéias de José Reis, que era muito entusiasmado. Havia um grupo que discutia muito o ensino de ciências. Não há mais aquele entusiasmo.

Por que a senhora acha que o entusiasmo diminuiu?
No início, tinha gente muito boa trabalhando no projeto. Havia grupos que se dedicavam muito. De repente, isso não se encontra mais. As pessoas só se importam com o quanto vão ganhar. Tenho também a impressão de que quase todos os líderes desse movimento já morreram. Tem um aqui outro lá, mas nós não contamos mais com aquelas pessoas.

Biografia

Maria Julieta Sebastiani Ormastroni formou-se em ciências sociais, em 1949, na Universidade de São Paulo (USP). Recém-formada, foi trabalhar no Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (Ibecc) de São Paulo, criado em 1950 e ligado à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com a tarefa de divulgar o instituto nas faculdades de medicina paulistas.

No Ibecc, Maria Julieta fundou um clube de ciências para crianças, cujas atividades foram registradas, durante 25 anos, na “Folhinha de São Paulo”, suplemento infantil da Folha de São Paulo. Em 1957, foi uma das criadoras do Concurso Cientistas de Amanhã, uma idéia de seu amigo José Reis para premiar estudantes do ensino fundamental e médio com talento científico – ela coordenou o concurso durante 40 anos consecutivos.

Na década de 1960, esteve em diversas cidades para apoiar a criação de clubes e feiras de ciência. Como reconhecimento de toda sua dedicação em iniciar os jovens no caminho da ciência, Maria Julieta recebeu, em 1985, o Prêmio José Reis de Divulgação Científica, concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Hoje, ela integra a diretoria do Núcleo José Reis de Divulgação Científica e continua escrevendo para as publicações do Núcleo.


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