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Presidente do CNPq abre V Encontro do IOC

Garantir que as opiniões e perspectivas dos profissionais das diferentes áreas de atuação sejam ouvidas e contempladas na definição do planejamento institucional é a motivação central do V Encontro do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que acontece de 12 a 14 de maio, em Teresópolis (RJ), com cerca de 83 participantes. O objetivo é gerar propostas para o Plano Quadrienal 2011-2014, documento que norteará as prioridades institucionais no período. O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, fez a palestra de abertura do evento na manhã desta quinta-feira (12/05), em seu primeiro compromisso oficial na Fiocruz em sua gestão à frente do órgão, iniciada em janeiro.

Gutemberg Brito 

 

Glaucius Oliva, presidente do CNPq, fez a palestra de abertura do evento


Contexto favorável

Na sessão de abertura do V Encontro, a fala de boas-vindas da diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, apresentou os pontos fortes e fracos do Instituto e destacou os aspectos de contexto favoráveis para o planejamento institucional. “As doenças negligenciadas, que são um dos nossos principais focos de trabalho, nunca vivenciaram um momento tão oportuno. Elas ocupam espaço como pauta global e são tema central para a Organização Mundial da Saúde. Ao mesmo tempo, temos um governo em fase de construção”, afirmou.

Apesar do reconhecimento científico e político do Instituto, da consolidação da rede de cooperações e parcerias e da ativa participação na política de C&T, ela indicou como desafios centrais o entendimento do papel do IOC no contexto da inovação em saúde e a inserção nos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). “Nosso propósito durante o encontro é sinalizar caminhos para superar desafios como estes”, sintetizou.

 Gutemberg Brito

 

"É fundamental entender a Fiocruz como organização estratégica de Estado. Precisamos pensar nisso ao planejar nossas perspectivas de futuro", declarou Paulo Gadelha



Enfrentamento das desigualdades

A vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Claude Pirmez, chamou atenção para a característica do IOC de atuar, simultaneamente, em pesquisa, educação e inovação, o que coloca um importante diferencial para o Instituto. Ela destacou que um dos pontos principais é converter o conhecimento gerado em ações na realidade.

“É preciso ter em foco uma pergunta central: como um Instituto de excelência em pesquisa pode contribuir de forma efetiva para o processo de redução da desigualdade no país? Precisamos identificar de que maneira podemos nos inserir nesse processo como um todo, tanto o IOC quanto a Fiocruz”, afirmou, acrescentando que é importante encontrar um caminho para este enfrentamento.

Centralidade da Saúde

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, pautou sua fala no papel central da saúde na atualidade. “Não se pode pensar as relações internacionais do Brasil sem pensar a saúde. Se a saúde tem esta centralidade e a Fiocruz é a instituição do Ministério da Saúde e do SUS que dá este suporte estratégico, quer dizer que ela está sendo chamada e está se propondo a um papel de centralidade. Por isso, é fundamental entender a Fiocruz como organização estratégica de Estado. Precisamos pensar nisso ao planejar nossas perspectivas de futuro”, afirmou.

Gadelha destacou que o debate nas Unidades da Fiocruz dá materialidade ao Plano Quadrienal da Fiocruz. “As definições do Congresso Interno da Fiocruz começam a se materializar na medida em que vêm para as Unidades, que lhes dão concretude em seus planejamentos”, disse. Corroborando a perspectiva de que se enfrenta um momento favorável para o planejamento institucional, Gadelha ressaltou a inserção da Fiocruz no processo de definição do plano plurianual pelo governo federal, atualmente em curso.

 Gutemberg Brito

 

“Ter uma oportunidade como esta, de olhar o que foi realizado, identificar pontos fortes e fracos, traçar estratégicas e olhar para o futuro, é realmente exemplar”, disse Glaucius Oliva, parabenizando a iniciativa de realização do Encontro


Desafios nacionais

O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, iniciou sua fala parabenizando a iniciativa do Encontro. “Ter uma oportunidade como esta, de olhar o que foi realizado, identificar pontos fortes e fracos, traçar estratégicas e olhar para o futuro, é realmente exemplar”, disse. “Que dos planos realizados aqui saiam inovações relevantes para a saúde brasileira”, encorajou.

Segundo Glaucius, a Fiocruz é uma referência área de saúde não somente por sua história, mas por sua presença hoje e no futuro. “O fato de exercer papel de destaque no cenário nacional de ciência, tecnologia e inovação em saúde, porque sem dúvida tem a maior concentração de pesquisadores focados em toda a cadeia, desde a geração do conhecimento até a produção final, integrando pesquisa, ensino, formação de pessoas, faz da Fiocruz, em suas diferentes Unidades e, particularmente, do IOC, um exemplo para todos nós”, sintetizou.

Para Glaucius, a ciência brasileira precisa dar um salto na direção da apropriação do conhecimento. Segundo o presidente do CNPq, crescemos como ciência, temos base densa em quase todas as áreas, mas é preciso avançar no sentido de melhorar a qualidade, o impacto e a relevância da ciência feita no Brasil. Para isso, ele informa que o CNPq está investindo no aperfeiçoamento do sistema de avaliação e acompanhamento de projetos. Ele ressaltou, ainda, que uma das questões centrais é a escolha de temas de estudo que sejam relevantes para o país e destacou que, ao mesmo tempo, a ciência precisa ser pensada de forma articulada com diversas esferas, nas interfaces com economia, produção e educação, entre outros componentes.

Ele corroborou a perspectiva de necessidade de direcionar o foco da ciência para o enfrentamento das necessidades nacionais. “Temos uma dívida com a nação de apropriação do conhecimento no crescimento do país. O IOC tem aquilo que vejo de melhor no processo construtivo da ciência, que é ser capaz de gerar, transmitir e apropriar-se do conhecimento de forma a retornar para a sociedade que nos financia – o ciclo de produção da ciência, que ainda é um desafio atingir”, finalizou.

Dinâmica do processo

 Gutemberg Brito

 

Gerar propostas para o Plano Quadrienal 2011-2014 é o
objetivo central do evento


O Encontro do IOC é um fórum consultivo, inserido no contexto de gestão participativa que norteia o Instituto. Formado por lideranças representativas das diferentes atividades institucionais, o evento é pautado em sessões plenárias e debates em grupos de trabalho. Nestes grupos, serão elaboradas propostas para quatro blocos temáticos – Pesquisa, Complexo industrial, Cooperação e Coleções; Ensino, Comunicação e Informação; SUS, Saúde, Sustentabilidade e Ambiente; Inovação na Gestão – e para a reformulação da Missão, Visão e Valores institucionais. As propostas do V Encontro para o Plano Quadrienal 2011-2014 serão sintetizados pela equipe de relatoria, presente em cada grupo de trabalho, e aprovadas pelo conjunto de participantes em sessão plenária. O documento de sugestões oriundas do V Encontro será submetido ao Conselho Deliberativo do Instituto, instância máxima de decisão na estrutura do IOC.

12/05/2011

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