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111 anos a serviço da saúde

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O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) comemorou 111 anos de ciência a serviço da saúde da população brasileira em solenidade realizada nesta quarta-feira (25/05), numa iniciativa integrada às atividades de comemoração dos 111 anos da Fundação Oswaldo Cruz. A cerimônia, que reuniu a comunidade científica do Instituto, marcou mais uma página em sua história de democracia interna, com a posse do Conselho Deliberativo do IOC, que assume para o quadriênio 2011-2014. O evento também contou com conferência ministrada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a assinatura de termo de cooperação o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e o lançamento do livro virtual Insetos: uma aventura pela biodiversidade.

Trajetória

Na abertura do evento, a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, lembrou que a trajetória do Instituto começou com a criação do Instituto Soroterápico Federal, em 1900, e destacou que o orgulho do Instituto está na base da história da Fiocruz, desde sua criação até os dias atuais. “Entre os anos de 2006 e 2010, tivemos avanços significativos com o aumento do número de laboratórios e da produtividade”, destacou.

 

Gutemberg Brito 

A Diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, destacou que o orgulho do Instituto está na base da história da Fiocruz e falou sobre os avanços do Instituto nos últimos anos

A diretora do IOC falou sobre o fato da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter pautado as doenças negligenciadas como tema em 2010 e ressaltou a oportunidade da Fiocruz em dar suporte ao Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, que acontece em 2012. “O Ministério do Desenvolvimento Social colocou a redução da pobreza como desafio para o Brasil, e o fato do IOC estar participando de vários comitês da OMS e do Ministério da Saúde faz com que a possamos articular essas ações de maneira mais forte”, afirmou. “Ao IOC foi demandado a elaboração de uma nota técnica sobre a importância das doenças da pobreza para entrarem no Plano de Erradicação da Pobreza e Extrema Pobreza, o que consolida nossa recomendação objetiva contribuir para o controle dessas doenças”, completou.

 

Oportunidades

Em seguida, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou questões significativas para o planejamento estratégico do IOC e lembrou que a Fiocruz será organizadora da Conferência da OMS, que acontece em outubro deste ano no Rio de Janeiro.  “O atual momento indica possibilidades significativas e temos um país que age com protagonismo no campo da saúde e da tecnologia. Então, é necessário repensar os processos mais amplos sobre a saúde, seus impasses e as formas como podemos criar medidas para o enfrentamento dos determinantes sociais. O IOC e a Fiocruz estão na luta para repensar a saúde a partir de uma visão global”, ressaltou.

 

Gutemberg Brito 

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou questões significativas para o planejamento estratégico do IOC. Para ele “O IOC e a Fiocruz estão na luta para repensar a saúde a partir de uma visão global”

Para o presidente da Fiocruz, fazer uma associação produtiva entre o legado que o IOC e a Fiocruz possuem e a visão do futuro é o desafio central da Instituição. “Sem a participação intensa de todos e sem alguns valores intangíveis que é o sentimento de orgulho de ser Fiocruz e de saber que estamos juntos em algo que transcende as nossas perspectivas individuais faz com que essa instituição tenha um papel no país e, portanto, tenha que pensar como âncora no país”, concluiu.

A vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Claude Pirmez, a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e o Presidente da Associação dos Trabalhadores da Fiocruz, Paulo César de Castro Ribeiro, também participaram da mesa de abertura, saudando o aniversário do Instituto.

Miséria

O secretário adjunto de Articulação para Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Cláudio Roquete, apresentou conferência sobre os desafios da pobreza em suas diversas dimensões. De acordo com o secretário, o principal desafio para o Brasil é retirar a população extremamente pobre de sua condição para que assim o círculo vicioso da miséria seja rompido. “Nos últimos anos, houve uma redução significativa da população em condição de extrema pobreza. Essa redução é resultado do forte crescimento econômico e das atuais políticas sociais que valorizam a ampliação e consolidação de programas de transferência de renda”, apontou. “Apesar destes avanços, a principal dificuldade para o enfrentamento deste problema é que grande parte da população que se encontra em extrema pobreza vive em áreas de baixo dinamismo econômico, possui reduzido grau de escolaridade e qualificação e tem acesso precário a oportunidades de serviço público”, revelou.

 

 Gutemberg Brito 

O secretário adjunto de Articulação para Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Cláudio Roquete, apresentou conferência sobre os desafios da pobreza em suas diversas dimensões

Ele descreveu que os planos de atuação do Plano de Erradicação da Pobreza e Extrema Pobreza estão divididos nas esferas de garantia de renda, acesso a serviços e inclusão produtiva. “A ideia é trabalhar de forma sinérgica para que a mesma pessoa que recebe a transferência de renda tenha acesso aos serviços públicos e seja qualificada para o mundo do trabalho, olhando a questão da pobreza nesta multidimencionalidade”, concluiu.

Segundo Cláudio Roquete, o Ministério da Saúde está elaborando um conjunto de propostas a serem incorporadas no Plano de Erradicação da Pobreza e Extrema Pobreza. "Estamos produzindo um mapa dos problemas de saúde e dos serviços de saúde nos municípios a serem incluídos no Plano", disse, acrescentando que o artigo de opinião publicado pelo Instituto sobre doenças da pobreza foi decisivo para a incorporação deste tema na agenda.

Parceria

Em seguida à conferência, foi assinado termo aditivo de cooperação entre IOC e INC, ampliando parcerias já em andamento no campo da pesquisa, sobretudo de caráter clínico. Na assinatura do termo, o diretor geral do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Marco Antônio de Mattos, apresentou um breve histórico do Instituto, que existe há 38 anos e desde 2000 tornou-se Centro de Referência do Ministério da Saúde para a realização de treinamento, pesquisa e formulação de políticas de saúde. “Somos responsáveis por quase 95% das cirurgias cardíacas infantis no município do Rio de Janeiro, além de 75% das cirurgias de adultos”, indicou. O INC coordena o maior estudo brasileiro sobre as terapias celulares nas doenças cardíacas, patrocinado pelo Ministério da Saúde. Outro destaque é a coordenação da Rede Nacional de Terapias Celulares, que produzirá células-tronco a nível industrial para atividades de pesquisa.

O diretor enfatizou a importância do combate às doenças negligenciadas, como a febre reumática. Segundo o diretor geral, serão necessárias ações em conjunto para erradicá-la do país. “Só vamos conseguir desenvolver pesquisa e desenvolvimento científico buscando parcerias e cooperação institucional”, afirmou, ressaltando que as doenças cardiovasculares representam 32% da mortalidade no Brasil, trazendo um custo enorme para o Sistema Único de Saúde, não só em termos de mortalidade, mas também das complicações que advêm destas mortalidades.

 

Gutemberg Brito 

Marco Antônio de Mattos, diretor geral do Instituto Nacional de Cardiologia, destacou a importância da parceria do Instituto com a Fiocruz para o desenvolvimento de novas pesquisas.

“Nós, do Instituto Nacional de Cardiologia, estamos muito felizes em dar prosseguimento a este termo aditivo. Não tenho a menor dúvida de que, a partir deste termo aditivo, outros termos virão e conseguiremos apresentar diversos projetos de pesquisa ao Ministério da Saúde. É um prazer estarmos juntos a esta Casa de Ciência, nesta Casa de Pesquisa, e que, com certeza, estas oportunidades acontecerão com mais frequência”, finalizou.

Conselho

A posse do Conselho Deliberativo do IOC (CD-IOC) foi iniciada com a lavra da Portaria de designação da composição do fórum, válida para o próximo quadriênio. O CD-IOC é a instância máxima de deliberação no Instituto, composta por representantes de categorias funcionais e representantes de cada um dos laboratórios do Instituto, que possuem direito a voz e voto. A escolha foi efetuada mediante votação, conduzida em processo eleitoral interno.

A mais jovem membro do CD, Débora Ferreira Barreto Vieira, do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral, foi convidada a representar na cerimônia os 71 representantes de laboratórios. “Estou muito lisonjeada de ser a mais jovem representante do Conselho Deliberativo. Estou pronta a me unir com vocês, com toda a força da juventude”, destacou. 

 

Gutemberg Brito 

Débora Ferreira Barreto Vieira, do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral, é a representante mais jovem do Conselho Deliberativo do IOC.

José Gomes de Souza assumiu a representação dos técnicos em saúde pública. “Somos cerca de 125 funcionários, exercendo as mais diversas atividades, desde as salas de esterilização e descontaminação até atividades mais específicos em bancadas, com importante contribuição no crescimento institucional”, destacou. A representante da categoria de analistas em saúde pública, Fátima Rocha, agradeceu a grande adesão da categoria, que compareceu em peso às urnas. “Espero poder honrar este compromisso”, sintetizou.

A representação da categoria de tecnologistas em saúde pública foi assumida pelo pesquisador Válber Frutuoso. “Parabenizo a comissão eleitoral pela condução de todo o processo e agradeço mais uma vez a confiança dos colegas de categoria”, afirmou. Evelyse Lemos, representante dos coordenadores dos programas de ensino do IOC, agradeceu a confiança e ressaltou a importância de trabalhar numa instituição que reconhece o papel da ciência na qualidade de vida da população brasileira.

 Lançamento

Após a cerimônia de posse do Conselho Deliberativo, foi apresentado o livro virtual “Insetos: uma aventura pela biodiversidade”, de autoria dos pesquisadores do Laboratório de Biodiversidade Entomológica do IOC Jane Costa, Carlos Eduardo Almeida, Márcio Félix e Nicolau Maués Serra Freire.

 

Cristiane Albuquerque e Úrsula Neves

25/05/2011

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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