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Projeto Viroclime: mudanças climáticas e vírus em debate

A utilização de modelos hidrológicos para prever os efeitos das mudanças do clima sobre a variação nos fluxos virais e o risco de doenças causadas por vírus compreende uma nova abordagem para a gestão de agravos relacionados à água. Com o objetivo de estabelecer o impacto dessas mudanças climáticas na disseminação das doenças virais, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) recebeu, entre 26 e 29 de março, especialistas de seis países para a reunião do projeto internacional Viroclime (Viroclime - Impact of climate change on the transport, fate and risk management of viral pathogens in water, no original).

Organizado pelo Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC, o encontro reuniu pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Hungria, Suécia e Grécia para a apresentação de resultados e discussões sobre o programa, além de debater as deliberações e andamento de todos os fluxos de trabalho do projeto.

Gutemberg Brito

O encontro reúne pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Hungria, Suécia e Grécia para a apresentação de resultados e discussões sobre o programa, além de debater as deliberações e andamento de todos os fluxos de trabalho do projeto

A pesquisadora Marize Miagostovich, organizadora do encontro, destacou a importância do projeto. “O Viroclime tem como objetivo investigar as possíveis variações nas concentrações virais em função de mudanças climáticas e/ou de práticas no manejo da água em cinco países vulneráveis a mudanças climáticas: Brasil, Espanha, Hungria, Grécia e Suécia. Além disso, visa estabelecer o impacto dessas mudanças na disseminação de doenças”, ressaltou. “Os dados epidemiológicos serão integrados aos dados geológicos e meteorológicos, e posteriormente submetidos a técnicas de modelagem, no intuito de predizer cenários futuros”, sintetizou.

O projeto Viroclime teve início em janeiro de 2010 e vai até dezembro de 2012. Como produto final, é esperada a produção do relatório de Estudo de Caso de Vigilância dos Cinco Países Ambientalmente Sensíveis. As primeiras reuniões do grupo foram realizadas na Hungria, Suécia e Bélgica.

No Brasil, o encontro foi realizado no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), e na Fiocruz Manaus. “O estudo de caso conduzido no Brasil envolve coletas de água do Rio Negro, em Manaus. Na cidade, as atividades incluem visita dos participantes aos pontos de coleta, palestras com informações sobre clima, hidrologia e mudanças climáticas”, explicou Marize.

 

Cristiane Albuquerque

30/03/2012

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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