Publicada em: 25/05/2012 às 17:18 |
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Na comemoração de 112 anos, IOC teve inauguração de novas instalações e lançamento de livro :: Especial 112 Anos do IOC :: Evento realizado em 25 de maio, integrado às comemorações do aniversário da Fiocruz, contou com palestra de Isaac Roitmann, pesquisador da Universidade de Brasília No aniversário de 112 anos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), comemorado nesta sexta-feira (25/05), o auditório Emmanuel Dias foi palco de reflexões, comemoração e inaugurações. A diretoria do IOC e a presidência da Fiocruz lançaram o livro 'Uma escola para a Ciência e a Saúde - 111 anos de Ensino no Instituto Oswaldo Cruz' e falaram aos presentes sobre o papel da instituição no cenário científico brasileiro e as perspectivas para o futuro. O palestrante convidado, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) e membro da Academia Brasileira de Ciências, Isaac Roitman, presenteou o público com uma divertida palestra. A cerimônia foi encerrada com a inauguração das novas instalações de duas plataformas científicas: de Microscopia Eletrônica Rudolf Barth e de Experimentação Animal em Primatas Não-humanos. Participaram da mesa de abertura das comemorações a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge; a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Helene Barbosa; a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Mariza Morgado; o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha; a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação, Nísia Trindade Lima e a vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Claude Pirmez.
Gutemberg Brito / IOC
Em sua fala, a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, destacou a trajetória científica do Instituto Aproveitando o lançamento do livro, Tania relembrou a trajetória do IOC, ilustrada por imagens históricas presentes na publicação. Manifestou, ainda, o posicionamento da Diretoria do IOC em relação à distribuição de recursos públicos para a área, que, segundo ela, entrou em crise devido ao contingenciamento de verbas para a Ciência e Tecnologia. “Defendemos a alocação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação e 50% dos fundos provenientes da exploração da camada Pré-Sal para a Ciência, Educação e Saúde”, declarou.
As vice-presidentes da Fiocruz Nízia e Claude ressaltaram que tanto a Fiocruz quanto o IOC têm um grande desafio pela frente: exercerem com excelência seu papel tradicional de pensar saúde e ciência conforme as diretrizes do Ministério da Saúde e, ao mesmo tempo, ampliarem sua atuação conforme as mudanças sociológicas e epidemiológicas da sociedade brasileira. “No ensino, estamos investindo em ações cooperativas entre os programas, valorizando a interdisciplinaridade. Dessa forma, temos ferramentas para lidar melhor com esse objeto tão complexo que é a saúde”, destacou Nízia. Já Claude analisou que a geração Y está inaugurando uma nova forma de pensar e que as instituições, heterogêneas como são, têm muito a ganhar neste contexto. Em sua palestra, intitulada 'Do Prêmio Roitman ao Núcleo do Futuro: impressões sobre para onde caminha a ciência no Brasil', o pesquisador Isaac Roitman mesclou uma séria análise sobre a situação da Ciência com hilários episódios ocorridos durante edições da Reunião Anual sobre Pesquisa Básica em Doença de Chagas, tradicionalmente realizada em Caxambu, Minas Gerais. Destacou que, além de mais investimentos, a comunidade científica deve se concentrar em aumentar o número de patentes, que é muito baixo. Além disso, a luta por uma melhora no ensino básico e superior não deve parar.
A cerimônia foi encerrada com a inauguração de dois espaços, que acabam de ganhar novas instalações. A placa da Plataforma de Experimentação Animal em Primatas Não-humanos foi descerrada pela vice-diretora da Pesquisa do IOC, Mariza Morgado, e o diretor do Centro de Criação de Animais de Laboratório (Cecal/Fiocruz), Joel Majerowicz. [Veja aqui como as novas instalações vão beneficiar os estudos, os pesquisadores e os animais utilizados como modelos experimentais.]
Já o descerramento da placa de inauguração da Plataforma de Microscopia Eletrônica Rudolf Barth coube a Monika Barth, chefe do laboratório de Morfologia e Morfogêneses Viral e filha do cientista homenageado pela Plataforma. Rudolf Barth acompanhou o nascimento da microscopia eletrônica no Brasil, em 1947, e sua consolidação, em 1977.[Conheça esse capítulo da história do IOC e saiba como a nova Plataforma vai beneficiar a comunidade científica.] |
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