Publicada em: 25/09/2012 às 00:00 |
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OMS assume protagonismo no combate às doenças negligenciadas Dentre os “Desafios para o Próximo Milênio” estipulados pela Organização das Nações Unidas (ONU) no início dos anos 2000, o controle de doenças negligenciadas como a tuberculose e a malária aparece como uma das principais metas relativas à melhoria da saúde ao redor do globo. Com a aproximação de 2015, prazo final imposto pela ONU, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu um plano de combate a estes e outros agravos tropicais, com o objetivo de acelerar o cumprimento das antigas metas e estabelecer novas, intitulado “Trabalho de aceleração para reduzir o impacto global das doenças tropicais negligenciadas – um roteiro para implementação”, na tradução livre. Em conferência, nesta segunda-feira, 24 de setembro, durante o Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, o representante do Departamento de Doenças Tropicais Negligenciadas da OMS, Jorge Alvar, apresentou as diretrizes do documento. “Um bilhão de pessoas estão sofrendo de doenças que podem ser prevenidas com estratégias simples, como quimioterapia preventiva. Estão sofrendo simplesmente porque são pobres. Isso é uma questão ética global”, sinalizou Alvar. De acordo com o médico, que também é pesquisador do Centro de Colaboração para Leishmanioses da OMS, a luta contra as doenças negligenciadas ganharam muitos aliados nos últimos anos. “Desenvolvemos novas ferramentas, novos conceitos e conquistamos apoio político nos países. Agora é a hora de integrar todo esse conhecimento e aplicá-lo de forma prática”, destacou Alvar. Peter Ilicciev
A OMS assume protagonismo no cumprimento das metas para o novo milênio definidas pela ONU O documento é baseado na "Declaração de Londres para Doenças Tropicais Negligenciadas", redigida após o histórico encontro que determinou, em janeiro de 2012, a criação de novas colaborações e formas de monitoramento das políticas aplicadas. Participaram as instâncias públicas e privadas comprometidas com programas da OMS com doações, como companhias farmacêuticas, a Fundação Bill & Melinda Gates, o Banco Mundial e chefes de estado de países desenvolvidos. “Por exemplo, não basta que a indústria farmacêutica doe medicamento para o tratamento de doenças. É preciso dispor de drogas para a preveni-las também”, explicou Alvar.
Peter Ilicciev
De acordo com Alvar, as doenças negligenciadas se tornaram uma questão ética global
Isadora Marinho 24/09/2012 |
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