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Pesquisador do IOC é o primeiro brasileiro a assumir a presidência da Federação Internacional de Medicina Tropical

Posse de Claudio Ribeiro foi realizada durante o Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, no Rio de Janeiro

Há 35 anos trabalhando com pesquisas em malária, 29 dos quais dedicados ao Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Claudio Tadeu Daniel Ribeiro é o primeiro brasileiro a assumir a presidência da Federação Internacional de Medicina Tropical (FIMT). A posse, referente ao período 2012-2016, foi realizada na terça-feira, 25 de setembro, durante o XVIII Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, evento em que presidiu o Comitê Científico. Ribeiro, que também é chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária, compõe o corpo da Federação desde 2001, quando ingressou como secretário-geral. “Ter um cientista da Fiocruz na presidência endossa a nossa credibilidade institucional, aumenta a representatividade do país e, consequentemente, o prestígio internacional”, comemorou Ribeiro.

Gutemberg Brito

Ribeiro é o primeiro brasileiro a assumir a presidência da Federação

De acordo com o pesquisador, a ciência brasileira vive um momento de resgate da sua influência e projeção, que remonta à criação do Instituto Soroterápico Federal e as descobertas de Carlos Chagas. Assim como naquela época, cientistas hoje têm acesso a financiamentos e são valorizados e apoiados pelo governo. “Em 1993, tínhamos mais de 1uatro mil grupos de pesquisa no Brasil. Atualmente, são mais de 27 mil. Formamos 12 mil doutores e 40 mil mestres por ano. Somos o país que mais cresceu em termos de produção científica nos últimos anos, com mais de 32 mil artigos publicados em 2010, sendo que 20% de tudo o que foi produzido em Medicina Tropical partiu de nossos pesquisadores. Isso nos coloca atrás, apenas, dos Estados Unidos”, explicou.

Para o pesquisador, o diálogo entre as entidades comprometidas com o combate das doenças negligenciadas é tão importante que, à frente da Federação, pretende promover encontros anuais entre pesquisadores em cada continente. Motivo pelo qual ele pede reforço para algumas iniciativas governamentais que têm sido determinantes para o sucesso da pesquisa no Brasil, como é o caso dos fóruns de discussão entre tomadores de decisão e cientistas. “Esses encontros são importantes para que as instâncias responsáveis pelo controle das endemias comuniquem à comunidade científica o que é prioridade para o país, enquanto esta avalia e orienta a formação de programas de fomento e editais para as áreas prioritárias”, explicou.

Na cerimônia, o vice-presidente de Ribeiro, o pesquisador espanhol Santiago Mas-Coma, foi eleito automaticamente presidente para a vigência posterior, de 2016 a 2020. O novo corpo da Federação conta com representantes de quatro continentes: América, Europa, Ásia e África.

Federação Internacional de Medicina Tropical (2012-2016)

Claudio Tadeu Daniel Ribeiro (Brasil) – Presidente
Santiago Mas-Coma (Espanha) – Vice-presidente
Jong-Yil Chal (Coréia) – Tesoureiro
Filomeno Fortes (Angola) – Secretário-geral

Veja outras informações no site da Federação.

Isadora Marinho
28/09/2012
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