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Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária chega ao fim no Rio

Cerimônia de encerramento apresentou a carta de recomendações e premiou os pesquisadores Victor Nussenzweig e William Collins com a Medalha Henrique Aragão

Após cinco dias de conferências, mesas-redondas e debates sobre os desafios e os avanços no enfrentamento às doenças tropicais, a 18ª edição do Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária chegou ao fim no Rio de Janeiro. Realizado de 23 a 27 de setembro, o evento contou com 2.600 inscritos, dos quais 900 eram estudantes – um número impressionante, de acordo com o presidente da Federação Internacional de Medicina Tropical e chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária, Cláudio Tadeu Daniel Ribeiro. “Isso mostra que os grupos de pesquisa estão recebendo financiamento a ponto de colocar seus pós-graduandos em congressos como este, permitindo que eles tenham contato com temas de impacto para o país, e não só de relevância científica”, destacou Ribeiro.

Gutemberg Brito

"Carta do Rio", documento produzido ao final do evento, será submetida para autoridades e agências de fomento internacionais

A Carta do Rio de Janeiro pela Saúde e para Controle das Doenças Negligenciadas , documento produzido ao final do Congresso com diretrizes para o enfrentamento global dos agravos tropicais, foi apresentada na cerimônia de encerramento. Ela traz sete recomendações. “O documento será submetido às agências de financiamento e aos governos de todo mundo, com a esperança de que ela ajude a sociedade e as autoridades a assumirem o compromisso de reduzir a pobreza”, disse o presidente do Congresso e chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), José Rodrigues Coura. Além do presidente da Federação Internacional de Medicina Tropical, também assinaram a carta representantes da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), da Fundação Oswaldo Cruz, da Drugs for Neglected Diseases Initiative da América Latina (DNDi), do Médicos Sem Fronteiras, dentre outras. Leia aqui.

Gutemberg Brito

O pesquisador Victor Nussenzweig foi agraciado com a Medalha Henrique Aragão, que em 2007 foi outorgada a sua esposa, Ruth

Medalha Henrique Aragão

Brasileiro vivendo há 50 anos em Nova York com a esposa - a também pesquisadora Ruth Nussenzweig - o professor do Centro Médico da Universidade de Nova York (NYU Medical Center), Victor Nussenzweig, foi o encarregado de fazer a conferência de encerramento do XVIII Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária. O assunto da apresentação, “O calcanhar de Aquiles do Plasmodium”, trazia informações sobre a notável contribuição do casal às pesquisas sobre malária, em curso há mais de 50 anos, e que hoje servem de base para o desenvolvimento de vacinas para a doença. No entanto, foi com surpresa que Nussenzweig recebeu a Medalha Henrique Aragão por sua contribuição em estudos de patologia. Em 2007, Ruth havia recebido a mesma honraria, que, até então, nunca havia agraciado uma mulher. “Esta medalha é especialíssima, pois é o maior prêmio científico brasileiro. Toca muito o meu coração”, disse Nussenzweig. Quem também recebeu a medalha foi o cientista e professor da Universidade da Califórnia William Collins.

Na cerimônia, também foram apresentadas as datas e os destinos dos próximos eventos da área. A 19ª edição do Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária será realizada em setembro de 2016 em Brisbane, na Austrália, e o próximo Congresso Internacional de Parasitologia será realizado pela primeira vez na América Latina, na cidade do México, em agosto de 2014. Participaram da mesa de encerramento Coura; Ribeiro; o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha; o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Carlos Costa; e o vice-presidente da Federação Internacional de Medicina Tropical, Santiago Mas-Coma.    

Isadora Marinho
28/09/2012
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