Publicada em: 18/03/2013 às 17:00 |
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Abertura do II Simpósio de Pesquisa e Inovação estimula debates sobre a atividade científica Representantes do CNPq, FINEP e Faperj discutiram financiamento :: Cobertura especial do II Simpósio de Pesquisa e Inovação do IOC O II Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) teve início nesta segunda-feira (18/03), no campus da Fiocruz em Manguinhos (RJ), com um movimentado debate sobre financiamento, responsabilidades do cientista e prioridades em pesquisa. Cerca de 300 inscritos devem comparecer, até o dia 20, às mesas-redondas e conferências sobre os cinco temas centrais do Simpósio: pesquisa em vacinas, fármacos, doenças negligenciadas e emergentes, nanotecnologia e entomologia molecular. Também fazem parte do evento a ‘Avaliação dos Projetos PROEP-CNPq/IOC’ e a ‘VI Reunião das Áreas de PD&I: estado atual e perspectivas’. Ambas as iniciativas irão promover a análise das atividades realizadas nos laboratórios do IOC.
Gutemberg Brito
Mesa de abertura do simpósio contou com representantes do IOC e da Fiocruz A diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, destacou que a realização de discussões simultâneas entre a inovação no País e os resultados do PROEP e das Áreas de PD&I do IOC vai ajudar a vislumbrar possíveis reajustes e recomposições das diretrizes do Instituto. “Vamos continuar dando o bom exemplo e garantir a transparência dos nossos processos. Afinal, o PROEP é uma das ferramentas de investimento criadas pela atual gestão do IOC que já está sendo incorporada por outras Unidades da Fiocruz”, explicou. Já o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, ressaltou a importância da aproximação com o Ministério da Saúde e com as demais autoridades sanitárias ocorrida na última década. “Estas instâncias passaram a ser mais presentes e propositivas quanto à articulação e o incentivo da pesquisa de inovação voltada para a Saúde. Antigamente, o Ministério se colocava como agente passivo, embora contasse com o segundo maior orçamento da União. As relações mudaram e o PROEP é um reflexo deste processo”, afirmou. “É preciso coragem para enfrentar um processo de avaliação. Mas é uma coragem estratégica, pois será ela que nos dirá como os recursos estão sendo investidos e se estão comprometidos com planos que objetivem a inovação”, pontuou a vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Claude Pirmez, convidando os alunos e pesquisadores presentes na abertura do evento a avaliarem sua própria contribuição no crescimento científico e tecnológico do país e, ainda, o papel das principais agências de fomento. Recursos financeiros e recursos humanos
De acordo com Beirão, a legislação determina que 30% dos recursos para Ciência e Tecnologia sejam aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Por isso, os pesquisadores deveriam contemplar a possibilidade de buscarem oportunidades fora do Sudeste. “Lembrem-se: vocês não estão condenados a ficar onde se formaram, trabalhando no mesmo assunto de sua dissertação ou tese para sempre. Pode ser uma mudança interessante e trazer mais oportunidades de emprego e mais qualidade de vida”, retrucou. Ele lembrou que, nos países desenvolvidos, a média de investimento do produto interno bruto (PIB) em pesquisa e inovação é de 2,2%. “Estamos muito abaixo disso e ficamos de mãos atadas. Ou aumentamos o valor da bolsa ou aumentamos a quantidade delas”, reforçou. |
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