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Aids, estigma e saúde

Publicação analisa os enfoques teóricos e metodológicos da produção acadêmica sobre estigma, discriminação e saúde

A exclusão social de indivíduos e grupos decorrente do estigma e da discriminação gera processos de marginalização social que dificultam o acesso à prevenção e aos cuidados em saúde para estes segmentos populacionais. Com o objetivo de discutir as questões relacionadas à produção do conhecimento e às formas de enfrentamento dos processos de estigma e seus efeitos para a saúde, a Editora Fiocruz lançou recentemente o livro ‘Estigma e Saúde’, que reúne onze artigos produzidos por autores brasileiros e norte-americanos de variados campos disciplinares.  Organizado por Simone Monteiro, chefe do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e Wilza Villela, livre-docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a publicação conta com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa (Faperj).

 Gutemberg Brito

 

Simone assina o artigo ‘A produção acadêmica recente sobre estigma, discriminação, saúde e Aids no Brasil’e destaca que, apesar dos avanços, a atribuição de valores morais negativos reiteram os processos de estigma e discriminação

De acordo com Simone, para refletir sobre as relações entre condições de saúde, estigma e as diversas formas de discriminação é preciso considerar os marcadores sociais da diferença que historicamente produzem desigualdades, como classe social, gênero, cor/raça/etnia, diversidade sexual, dentre outros. “Tal enfoque favorece a compreensão das dinâmicas sociais responsáveis pela origem e manutenção de determinados grupos sociais à margem dos bens sociais e fornece subsídios para orientar ações voltadas para a garantia de suporte legal e social aos sujeitos afetados pela discriminação, de modo a reduzir sua vulnerabilidade aos agravos de saúde”, descreve.

Simone assina o artigo ‘A produção acadêmica recente sobre estigma, discriminação, saúde e Aids no Brasil’, no qual destaca que a despeito dos avanços no campo da prevenção e tratamento do HIV/AIDS e dos direitos das pessoas vivendo com Aids permanece a atribuição de valores morais negativos aos portadores do vírus, que reiteram os processos de estigma e discriminação. "O receio do estigma da Aids compromete o controle da epidemia na medida em que limita o acesso das pessoas às tecnologias de prevenção, ao diagnóstico sorológico e aos cuidados em saúde. Este estudo faz uma revisão da literatura acadêmica nacional sobre essa temática, visando analisar os enfoques teóricos e metodológicos e, com base nisso, verificar os avanços e lacunas nesse campo", explica. A análise foi complementada pela revisão da literatura internacional sobre o Aids, estigma e discriminação recentemente publicada no Global Public Health 8(5):519-33, 2013.

Estigma e Saúde
Organizadores: Simone Monteiro e Wilza Villela
Ano: 2013
207 páginas
Preço: R$ 25
Mais informações: Editora Fiocruz 

 

 

 

 

 

Paula Netto
19/07/13
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