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IOC premia as melhores teses

Primeira edição do ‘Prêmio Anual IOC de Teses Alexandre Peixoto’ aconteceu no Centro de Estudo, do dia 25 de outubro, com a apresentação científica dos trabalhos. Assista ao vídeo

 

As comunidades científica e acadêmica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) conheceram as quatro melhores teses defendidas em 2012 nos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Anual IOC de Teses Alexandre Peixoto, realizada durante a sessão do Centro de Estudos do IOC, do dia 25 de outubro.

De acordo com o diretor do Instituto, Wilson Savino, a entrega do prêmio, que é também uma homenagem póstuma ao pesquisador Alexandre Peixoto, reforça a importância da valorização da produção científica dos jovens pesquisadores. “O prêmio transborda a homenagem ao grande Alexandre, que se mantém vivo nas nossas memórias, e se reflete na valorização da produção científica da Casa”, afirmou Savino.

 

 

Os premiados

Doutora egressa do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical, Joanna Reis Santos de Oliveira apresentou os resultados da tese ‘Translocação microbiana e alterações imunopatogênicas da leishmaniose visceral como cofatores da ativação celular, imunosenescência e distúrbios no repertório Vb em pacientes de coinfecção Leishmania/HIV-1’, desenvolvida sob orientação da pesquisadora Alda Maria da Cruz, do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas, que aborda a coinfecção entre a AIDS e a leishmaniose visceral.

De acordo com Joana, este tipo de coinfecção se apresenta como uma nova patologia grave, cada vez mais frequente ao redor do mundo, principalmente, por mudanças no padrão de propagação de ambas as infecções. Atualmente, 35 países são afetados pela coinfecção e, nas Américas, o Brasil é o que apresenta maior incidência. “Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), banco de dados do Ministério da Saúde (MS), mostram que, entre 2001 e 2008, foram identificados 454 casos de coinfecção no país. Mas acredita-se que a prevalência dos casos seja ainda maior”, explicou Joanna.

Gutemberg Brito

Joanna Reis, egressa do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical do IOC, apresentou parte da tese que aborda a coinfecção entre a AIDS e a leishmaniose visceral

Já Caroline Pereira Bittencourt Passaes, egressa do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária, foi representada por sua orientadora Mariza Gonçalves Morgado, do Laboratório de AIDS e Imunologia Molecular. A egressa, que está em pós-doutoramento no Instituto Pasteur, na França, defendeu a tese ‘Aspectos virológicos, imunológicos e genéticos relacionados à integrase e ao processo de integração do HIV-1’. Em seu trabalho, a autora investigou os aspectos da integrase, um dos genes responsáveis pela replicação do vírus e pela capacidade de infectar novas células no hospedeiro.

Gutemberg Brito

A pesquisadora Mariza Morgado (à direita) representou a egressa Caroline Passaes, que está em pós-doutoramento na França, na entrega do prêmio

Outra ganhadora do prêmio foi Karina Rebello, que defendeu a tese ‘Detalhamento morfológico e análise da expressão proteica do nematoide Angiostrongylus costaricensis em suas diferentes fases evolutivas’ pelo Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular, orientada pela pesquisadora Ana Gisele Costa Neves Ferreira, doLaboratório de Toxinologia.

A angistrongilíase abdominal é uma parasitose negligenciada, provocada pelo helminto nematódeo Angiostrongylus costaricensis, endêmico no continente americano. De acordo com Karina, a tese gerou dados inéditos sobre a morfologia e a bioquímica do helminto em suas diferentes fases de desenvolvimento, o que permitirá maior compreensão sobre o parasito. “Apesar de ser uma doença de ampla circulação em toda a América Latina, a angistrongilíase abdominal é subnotificada por não apresentar sintomas específicos. Com a pesquisa poderemos aperfeiçoar o conhecimento sobre o A. costaricensis e melhorar as possibilidades de diagnóstico”, explicou.

Gutemberg Brito

Karina Rebello, entre o diretor do IOC e a pesquisadora Ana Gisele Ferreira, defendeu a tese ‘Detalhamento morfológico e análise da expressão proteica do nematoide Angiostrongylus costaricensis em suas diferentes fases evolutivas'

 

Arte e Ciência também tiveram destaque na primeira premiação de teses do IOC, com o trabalho ‘Integrando a percepção de estudantes à criação de peça teatral: uma alternativa de divulgação científica em diálogo com as artes’. O estudo foi defendido por Thelma Lopes Carlos Gardair, no Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Ensino em Biociências e Saúde, sob orientação da pesquisadora Virgínia Torres Schall, do Centro de Pesquisas René Rachou/Fiocruz-Minas.

Gutemberg Brito

Thelma Gardair, do Programa de Ensino em Biociências e Saúde, defendeu a interação da Arte e da Ciência 

Um dos objetivos da recém doutora foi analisar a percepção do público em relação à interligação do teatro e da ciência, através de oficinas, jogos, leitura e encenação de espetáculos com estudantes. Para Thelma, a mudança de visão sobre inserção da ciência na arte é notória após a realização das oficinas. “O domínio da linguagem teatral por parte do espectador pode despertá-lo para a discussão do tema encenado”, finalizou a pesquisadora.

 

Vanessa Sol
30/10/2013
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