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Do oceano para os tubos de ensaio

A avaliação do efeito inibitório de moléculas derivadas de microrganismos marinhos sobre os vírus Influenza A foram apresentados em mesa-redonda

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Na biodiversidade dos mares brasileiros, a bióloga Milene Mesquita tenta encontrar novos medicamentos para o combate do vírus Influenza, causador da gripe. Pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, que atua como referência nacional em Influenza junto ao Ministério da Saúde, Milene estuda o potencial de diferentes microalgas para o tratamento da doença.

 Gutemberg Brito

No Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, a bióloga Milene Mesquita testa o potencial de mais de 300 isolados de microalgas coletadas em diferentes localidades brasileiras

 

A especialista explica que, hoje, já existem cepas de Influenza resistentes aos medicamentos disponíveis no mercado, o que torna fundamental a busca de novas alternativas terapêuticas para tratamento da doença. “Estão em estudo atualmente diversos antivirais originários de fungos, plantas e compostos sintéticos. Mas ainda existe uma lacuna no estudo sobre derivados de microalgas”, Milene pontua. No mundo, existem mais de 200 mil espécies destes organismos unicelulares que são responsáveis pela maior parte do oxigênio produzido no planeta e são amplamente utilizados em alimentos, fármacos e cosméticos. Algumas destas microalgas possuem propriedades antioxidantes, anticâncer e antivirais comprovadas cientificamente.

No Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, liderado pela virologista Marilda Siqueira, Milene testa o potencial de mais de 300 isolados de microalgas coletadas em diferentes localidades brasileiras. O objetivo é avaliar em laboratório a chamada citotoxicidade das amostras: é necessário descartar aquelas que se mostrarem nocivas para células. “Após as análises de citotoxidade, que estão em andamento, vamos escolher os extratos que apresentarem melhor potencial de inibir a replicação do vírus Influenza para aprofundar estudos detalhados para mapear todo o mecanismo de ação destas substâncias”, adianta, acrescentando que os estudos são conduzidos em colaboração com grupos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).

07/11/2013.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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