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A malária, responsável por mais de 200 milhões de casos anuais segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), é um desafio para cientistas de todo o mundo. Também é o desafio de Josué Lima-Junior. Pesquisador no Laboratório de Imunoparasitologia do IOC, chefiado por Sérgio Mendonça, ele integra um sólido esforço na busca de uma vacina para a doença, que pode ser causada por cinco de espécies do protozoário Plasmodium.

No Brasil, onde 99% dos casos de malária ocorrem na região amazônica, a doença é causada principalmente pelo Plasmodium vivax – diferentemente do que acontece, por  exemplo, na África, onde o Plasmodium falciparum possui maior relevância. Por isso, os testes desenvolvidos por Josué estão focados na busca de uma vacina eficaz para esta espécie prevalente em nosso país.

Gutemberg Brito

Pesquisador no Laboratório de Imunoparasitologia do IOC, Josué Lima-Junior integra um sólido esforço na busca de uma vacina para a malária, que pode ser causada por cinco de espécies do protozoário Plasmodium

Josué estuda uma versão combinada de peptídeos sintéticos fusionados, com potencial para provocar uma resposta imune simultânea contra diferentes proteínas presentes no Plasmodium vivax. “Um dos desafios será avaliar, além das propriedades antigênicas e imunogênicas destes novos antígenos sintéticos contendo múltiplos epítopos, os efeitos de diferentes adjuvantes vacinais que poderão ser utilizados nas formulações”, destaca Josué.

Nas próximas fases do estudo, a resposta celular e humoral frente aos peptídeos quiméricos começará a ser avaliada em camundongos. As pesquisas são desenvolvidas em parceria com diversas instituições, incluindo Fiocruz-Ceará e Universidade Emory, nos Estados Unidos.

08/11/2012
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).