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Inovação em dengue

Genética das populações é a ferramenta utilizada pela pesquisadora Renata Schama para calcular quantos mosquitos com a bactéria Wolbachia devem ser liberados pelo inovador projeto de pesquisa ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil`

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dengue é a doença tropical que se espalha mais rapidamente no mundo. No Brasil, o elevado número de casos faz com que a preocupação sobre o agravo seja especialmente relevante. Como ainda não existem medicamentos específicos ou vacinas para a doença, ao mesmo tempo em que a resistência dos mosquitos aos inseticidas disponíveis se torna crescente, a busca de alternativas científicas criativas para o combate ao vetor ganha espaço.

A bióloga Renata Schama, pesquisadora do Laboratório de Biologia Computacional e Sistemas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), chefiado por Alberto Martín Rivera Dávila, integra os esforços do projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil`, que testa uma abordagem científica inovadora para o controle da dengue. O Projeto utiliza a bactéria Wolbachia para bloquear a transmissão do vírus da dengue pelo mosquito Aedes aegypti, de forma natural e autossustentável. Atualmente, equipes de Entomologia de Campo e de Engajamento Comunitário atuam em quatro localidades nas cidades do Rio de Janeiro e em Niterói. Os bairros de Vila Valqueire, Urca, Tubiacanga e Jurujuba participam de estudos para a realização de futuros testes de campo, com a soltura de mosquitos com Wolbachia.

Gutemberg Brito

A jovem Renata utiliza as bancadas do Laboratório de Biologia Computacional e Sistemas do IOC em prol de um projeto inovador contra a dengue

A tarefa de Renata não é simples: ela busca responder a pergunta sobre quantos mosquitos com a bactéria devem ser liberados nas localidades em estudo e em qual perioridicidade para garantir que, ao longo do tempo, os Aedes com Wolbachia se tornem predominantes. Para isso, Renata recorre ao estudo das características genéticas de populações do mosquito.

Na Austrália, que desenvolve soltura dos mosquitos com Wolbachia desde 2011, foi verificada estabilidade nas populações: os ‘mosquitos do bem’ permanecem predominantes nas localidades em que o projeto é testado. “Entre Austrália e Rio de Janeiro, podemos notar que as características urbanas são muito diferentes, além das populações do vetor terem dimensões muito distintas”, Renata pontua.  “Estamos investigando populações de diversas áreas do Rio para prever o que poderá  acontecer na soltura. Das 22 populações estudadas, verificamos que existe uma semelhança genética muito grande, com baixa variabilidade, o que aponta que existem fluxos entre as populações”, afirma. Com base nestes dados, o próximo desafio de jovem pesquisadora é estimar a quantidade aproximada de mosquitos com Wolbachia a serem utilizados nos testes em campo.


08/11/2013
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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