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Ciência e inclusão social

Iniciativa pioneira do IOC abriu as portas da Coleção Entomológica do Instituto para visitação de pessoas surdas. O público pode apreciar a mostra na Sala de Exposição Costa Lima por meio da mediação de intérpretes especializados em libras

A Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abriu suas portas para uma iniciativa pioneira. Pessoas com necessidades auditivas tiveram a oportunidade de conhecer a história e parte de um dos maiores acervos entomológicos da América Latina, por meio de visita guiada na Sala de Exposição Costa Lima, no tradicional Castelo Mourisco da Fiocruz (Av. Brasil 4365, Manguinhos, RJ). O projeto, intitulado de “Tarde das Orquídeas: insetos, flores e biodiversidade”, teve início no dia 13 de novembro. Com entrada gratuita, a iniciativa será realizada mensalmente, sempre às quartas-feiras, das 14h às 16h (com agendamento prévio, pelo telefone (21) 2562-1270 ou pelo email ce@ioc.fiocruz.br). 

A cerimônia de abertura contou com a presença do diretor do IOC, Wilson Savino, do vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, de representantes da Coordenação do Projeto Social de Inserção da Pessoa Surda no Trabalho da Fiocruz. Também estiveram presentes membros da Câmara Municipal de Petrópolis em prol da acessibilidade. 

O Projeto, organizado pelo Laboratório de Biodiversidade Entomológica do IOC, tem como objetivo divulgar a ciência através da variedade de insetos exposta na coleção, promovendo acessibilidade e inclusão social. O público poderá apreciar a exposição por meio da mediação de intérpretes especializados em libras.

 Rodrigo Mexas

 

 Os participantes terão a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre diversos tipos de insetos do Brasil e do mundo

De acordo com Jane Costa, chefe do Laboratório e curadora da Coleção Entomológica do Instituto, a ideia é complementar as atividades de divulgação científica que vem sendo realizadas por sua equipe. “Essas pessoas anseiam estar cada vez mais incluídas na sociedade, e sabemos que ainda há muita coisa a ser feita. Pensando nisso, criamos uma programação especial voltada para esse público”. A pesquisadora explicou, ainda, que o motivo da primeira edição do projeto ser direcionada aos trabalhadores da Fundação. “A Fiocruz já possui dezenas de profissionais com necessidades auditivas. Vamos, então, homenageá-los iniciando as atividades do programa com aqueles que atuam aqui”, explicou a idealizadora da iniciativa.

A partir da segunda edição, o projeto será ampliado a toda a comunidade. “Os interessados poderão participar do Projeto a partir de agendamento prévio. Nossa previsão é que as edições sejam realizadas uma vez por mês, atendendo, em cada visita, a dois grupos de 20 pessoas”, disse.

Um passeio pela Ciência

A iniciativa é dividida em três partes: na primeira, os visitantes serão recebidos na varanda do Castelo, para conhecerem um pouco mais sobre a sua história e sua importância para área científica. Após isso, os participantes caminharão até a Sala de Exposição Costa Lima, onde receberão informações sobre Ângelo Moreira da Costa Lima, entomólogo de reconhecimento internacional que dá nome à sala. Nesse momento, serão abordados temas na área de biodiversidade e a obra do célebre especialista. Para encerrar o passeio histórico, cultural e científico, será apresentado aos visitantes, na biblioteca do Castelo, o legado de Oswaldo Cruz.

 Rodrigo Mexas

 

Uma das mais importantes da América Latina, a trajetória do acervo foi iniciada pelo próprio médico sanitarista Oswaldo Cruz, em 1901, quando ele descreveu o mosquito Anopheles lutzi

O projeto

O nome “Tarde das Orquídeas: insetos, flores e biodiversidade” é uma alusão à beleza e à incrível capacidade de adaptação dessas flores “Assim como as pessoas com necessidades especiais precisam se adaptar ao meio em que vivem e vencer as adversidades que se apresentam, as orquídeas, muitas vezes, precisam passar por esse processo e acabam por nos presentear com suas cores e formas maravilhosas”, destacou Jane. A iniciativa conta com a parceria do Orquidário Binot, em Petrópolis, Rio de Janeiro. 

A Coleção e a sala Costa Lima

A Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz (CEIOC) é a mais antiga coleção científica da instituição. Foi fundada em 1901 pelo próprio Oswaldo Cruz e hoje abriga cerca de cinco milhões de exemplares de insetos, incluindo os da fauna brasileira e de outras regiões do mundo, representando quase todas as ordens conhecidas. Inaugurada há cinco anos, a Sala de Exposição Costa Lima, abriga exemplares didáticos do acervo da Coleção e está aberta à visitação ao público em geral de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h (com agendamento prévio pelo telefone (21) 2590-6747), e aos sábados, no mesmo horário, sem a necessidade de agendamento, sempre com entrada gratuita.

 

Lucas Rocha
12/11/2013
Autorizada a reprodução sem fins lucrativos desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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