Publicada em: 28/11/2013 às 12:00 |
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Integração para o Ensino Ao longo de três dias, palestras, grupos de discussão e atividades de confraternização movimentaram o 5º Fórum de Alunos de Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realizado em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro
Ao longo de três dias, palestras, grupos de discussão e atividades de confraternização movimentaram o 5º Fórum de Alunos de Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realizado em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro. O espaço de discussão e troca de experiências sobre os Programas de Pós do IOC reuniu cerca de 150 pessoas, entre docentes e alunos, com a participação de diversos dos coordenadores de Programas de Pós-graduação. Do debate científico sobre os projetos de pesquisa dos futuros mestres e doutores ao diálogo sobre as reivindicações dos estudantes, a iniciativa realizada pela Vice-direção de Ensino, Informação e Comunicação do IOC foi pautada na integração para o aperfeiçoamento do Ensino. O evento foi realizado com recursos do IOC e contou com apoio financeiro do Programa de Excelência Acadêmica (PROEX/Capes, por meio dos Programas de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular e em Biologia Parasitária) e do Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP/Capes).
“Toda a programação foi elaborada pela comissão organizadora do Fórum, composta apenas por discentes”, exaltou a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Elisa Cupolillo, durante a cerimônia de abertura do evento. Um diferencial desta edição do Fórum foi a participação de pós-doutorandos. Segundo Elisa, o grupo teve muito a contribuir nas discussões dos projetos científicos. A perspectiva positiva encontra ressonância na opinião do pós-doutorando Márcio Pavan. “A participação do segmento de pós-doutorandos reforçou o elo entre docentes e alunos, afirmou. Para Wilson Savino, diretor do IOC, o Fórum de Alunos representa um momento único para troca de ideias e para a integração entre alunos e professores dos Programas de Pós-graduação, duas ações que, em longo prazo, contribuem diretamente para o crescimento dos cursos. "Demos prioridade para este evento devido a sua relevância no avanço do Ensino oferecido pelos Programas de Pós do Instituto", disse.
Trajetórias Barcinski falou sobre o percurso científico do pesquisador Carlos Chagas Filho, em Manguinhos, traçando um paralelo entre o surgimento tardio das universidades brasileiras e a criação do Instituto de Biofísica, visto como o grande introdutor da pesquisa na universidade brasileira. "As primeiras universidades brasileiras foram a USP (1934) e a Universidade de Brasília UDN (1936). Elas possuem, em suas cartas de princípio, a Pesquisa como atividade fim", contou. Ao mencionar que, em lei de 1937, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi transformada em Universidade do Brasil (UB), incorporando a ela diversas unidades e institutos já existentes, o pesquisador destacou que, na ocasião, foi incluído como colaborador – o que mostra seu papel em levar a Pesquisa ao campo do Ensino. “Como disse Carlos Chagas Filho, a universidade deve ser considerada uma instituição de pesquisa e não uma instituição de ensino. Ela ensina porque pesquisa”, citou. Já a apresentação de Stabeli resgatou sua experiência com soroterapia no Norte do País e as atividades desenvolvidas no Centro de Estudos de Biomoléculas Aplicadas à Medicina (CEBio). De jovem promissor a vice-presidente da Fiocruz, o exemplo de Stabeli demonstra como Ensino e Pesquisa se articulam de forma intensa. Esforço conjunto Os desafios na elaboração de projetos de pesquisa e de artigos científicos foram o tema central na apresentação do vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Hugo Caire de Castro Faria Neto. Ele ressaltou a importância de um projeto bem estruturado na busca por financiamento junto às agências de fomento, detalhou os pontos que devem estar presentes em um artigo científico e explicou quais as principais características de um projeto de rede. “A apresentação correta de um artigo científico é extremamente relevante. Afinal, será através dele que vocês vão comunicar, aos outros cientistas, os resultados da sua pesquisa”, enfatizou. Debate científico Para a doutoranda Raquel Ferraz, os grupos de trabalho representam o diferencial do Fórum de Alunos, uma vez que propiciam a troca de informações sobre diferentes projetos de pesquisa. “As conversas em grupo fazem com que você saia do seu Laboratório e vá conhecer o que está sendo feito em outros projetos. Para mim, esse é o grande benefício de se promover a integração entre os projetos dos alunos”, comentou Raquel, que também atuou como moderadora. Questionamentos e soluções Em relação às reivindicações, a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Elisa Cupolillo, adiantou que já estão previstas mudanças para aperfeiçoamento do uso das Plataformas Tecnológicas do Insituto. “Em relação aos prazos para análise e autorização de projetos de pesquisa, esperamos que a estruturação da CEUA do IOC, em fase de implementação pela Vice-direção de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, possa contribuir para uma solução”, destacou. Agradecendo a participação de todos, ela ressaltou a perspectiva do diálogo: “Alcançamos o objetivo principal: a integração dos alunos. As mesas de discussão propostas pelos estudantes e pela Direção foram bastante elogiadas. A meu ver, o Fórum foi um sucesso”, finalizou. |
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