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Doença de Chagas em debate

No ano em que a descoberta do agravo completa 105 anos, a segunda edição do Ciclo Carlos Chagas de Palestras reuniu cerca de 130 pesquisadores e estudantes para o debate sobre desafios e avanços científicos no tema

Com o objetivo de discutir e refletir sobre os avanços e desafios relacionados à doença de Chagas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promoveu, nos dias 10 e 11 de abril, a segunda edição do Ciclo Carlos Chagas de Palestras (CCCP). Com o tema “100+5 Anos após a descoberta: terapia e ciclos de transmissão da doença de Chagas – Avanços e Desafios”, o encontro reuniu cerca de 130 pesquisadores e estudantes que acompanharam as discussões sobre a história, aspectos da biologia molecular, terapia, epidemiologia, diagnóstico e tratamento da doença. O evento contou, ainda, com a exibição de pôsteres e uma sessão especial chamada "Popcorn and Talent", na qual os participantes puderam interagir e expor suas habilidades artísticas.

Participaram da cerimônia de abertura, as pesquisadoras do IOC e organizadoras do evento, Joseli Lannes, chefe do Laboratório de Biologia das Interações, Ana Maria Jansen, chefe do Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos, e Solange de Castro, do Laboratório de Biologia Celular, além do o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, e do vice-diretor de Desenvolvimento Institucional e Gestão do IOC, Valber Frutuoso. 

 Daniel Gibaldi

 

 Para a pesquisadora do IOC e uma das organizadoras do evento, Joseli Lannes, o Ciclo Carlos Chagas de Palestras é uma oportunidade de reunir pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, permitindo a interação entre os especialistas, e favorecendo possíveis colaborações científicas

De acordo com Joseli Lannes, o Ciclo de Palestras é um importante fórum de discussão sobre o tema. “Além de manter um calendário de discussões na intitulada ‘Semana de Chagas’, o Ciclo Carlos Chagas é uma oportunidade de reunir pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, permitindo a interação entre os especialistas e favorecendo possíveis colaborações científicas”, afirmou a especialista. Já Rodrigo Stabeli destacou a necessidade de discutir ideias na busca de uma alternativas terapêuticas melhores: “Refletindo sobre a doença de Chagas, percebemos grandes avanços. No entanto, após cem anos, ainda não temos um tratamento efetivo para e enfermidade, principalmente por se tratar de uma doença negligenciada. Esperamos que esse encontro contribua para o surgimento de novas propostas para os estudos em doença de Chagas”, disse Stabeli. Segundo Valber Frutuoso, o Ciclo é uma excelente iniciativa para o debate do assunto.  "A história da doença de Chagas está alinhado à história da Fiocruz e, por isso, deve estar contemplada no processo de discussão científica”, ressaltou.

Premiação

Durante o encerramento do Ciclo, os trabalhos que se destacaram nas apresentações orais ou em formato de pôster foram reconhecidos e premiados. A aluna Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular do IOC, Patrícia Mello Ferrão, foi uma das premiadas pela apresentação oral do projeto ‘Cruzipaína participa no processo de invasão de T. cruzi através da ativação de TGF-beta latente das células hospedeiras’. A estudante ressaltou a relevância do evento para os alunos: “O Ciclo Carlos Chagas é um evento muito importante para o nosso aprendizado, pois ao mesmo tempo em que nos ajuda a conhecer melhor o histórico da enfermidade, também nos faz discutir sobre os temas atuais a respeito da doença”, disse Patrícia.

Além do trabalho de Patrícia, os projetos ‘Identificação e caracterização das enzimas uracil fosforibosiltransferase e gliconato cinase de Trypanosoma cruzi’ e ‘Vacina terapêutica com adenovírus recombinante redireciona a resposta de células T CD8+ e reverte a cardiomiopatia crônica induzida pelo Trypanosoma cruzi’, desenvolvidos por Marcelo Alves Ferreira, pesquisador do Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática, e Isabela Resende Pereira, do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular do IOC, respectivamente, também foram premiados.

Já na modalidade apresentação de pôsteres, nove estudantes receberam com menção honrosa. Para Joseli Lannes, o saldo do evento foi positivo: “O que vimos foi evolução significativa nesta edição do evento, sobretudo, na qualidade das discussões. A participação de pesquisadores e estudantes enriqueceu o intercâmbio de conhecimento ao abordar temas relevantes para a saúde pública”, concluiu.

Paula Netto
15/04/2013
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