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Leishmanioses do continente americano: desafios e soluções

Publicação organizada por pesquisadores do IOC aborda questões referentes às leishmanioses, que vão desde aspectos biológicos do parasito até desafios e busca de soluções para o enfrentamento da doença

Considerada uma das doenças tropicais negligenciadas, a leishmaniose não é somente um problema de saúde pública no Brasil, mas também em outras regiões do mundo. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a enfermidade é endêmica em quase 100 países e a estimativa é de que cerca de 350 milhões de indivíduos vivam em zonas consideradas de risco. Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o tema, os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Fátima Conceição-Silva, do Laboratório de Imunoparasitologia, e Carlos Roberto Alves, do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas, organizaram o livro ‘Leishmanioses do Continente Americano’.

Lançada pela Editora Fiocruz, a publicação conta, em seus 26 capítulos, com a participação de 59 pesquisadores do Instituto e aborda questões relacionadas ao parasito e seus aspectos evolutivos, taxonômicos e metabólicos, aos vetores, reservatórios e modelos experimentais, além de características da doença humana, seu tratamento, diagnóstico, desafios para o controle e as estratégias para o enfrentamento do agravo. A contribuição de especialistas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Universidade Federal do Piauí (UFPI), e de representantes da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e outras Universidades brasileiras também foi fundamental para o lançamento da iniciativa.

Segundo Fátima Conceição-Silva, a iniciativa partiu da necessidade de identificar e sistematizar dúvidas ainda existentes sobre a leishmaniose, assim como buscar explicações, principalmente no que se refere ao processo de expansão da doença em diversas regiões. “Os casos de leishmaniose no continente americano, principalmente na forma visceral, têm aumentado consideravelmente, inclusive em áreas que antes não apresentavam a doença”, destacou a pesquisadora. Sobre os desafios a serem enfrentados, Fátima ressaltou a importância de produzir conhecimento multidisciplinar sobre a infecção para que avanços sejam efetivamente realizados. “O desafio é entender melhor as leishmanioses e suas características, que envolvem vetores, aspectos bioquímicos, estudos experimentais, e envolvendo a imunopatogenese humana entre tantos outros. Isso nos permitirá caminhar em busca de novos medicamentos e até mesmo do desenvolvimento de vacinas”, completou Fátima.

De acordo com o pesquisador Carlos Roberto Alves, o auxílio dos pesquisadores do IOC e de especialistas de Instituições parceiras foi essencial para a produção do livro: “A participação ativa de diversos profissionais reflete uma característica fundamental do grupo de pesquisa multidisciplinar que temos no ambiente cientifico da Fiocruz. É preciso conhecer melhor a população afetada pelo parasito em nosso país para se estabelecer medidas eficazes de controle da doença e investir na busca de novas formas de tratamento", afirmou. "Além disso, interagir com especialistas de outras regiões brasileiras e formar parcerias é importante para afinar o nosso conhecimento e encontrar soluções para o controle da doença, que é endêmica e está em expansão em nosso país”, concluiu Carlos.

 

Paula Netto
01/09/2014
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