Publicada em: 30/01/2015 às 11:21 |
Para prevenir e monitorar a dengue Sistema Info Dengue utiliza o conceito ‘10 Minutos Contra a Dengue’, desenvolvido pelo IOC, para incentivar a prevenção da doença
Monitoramento e prevenção são ferramentas indispensáveis para o controle da dengue. Pensando nisto, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EMAp) lançaram um sistema em que é possível acompanhar em tempo real a situação da dengue no município do Rio de Janeiro – indicando as regiões mais afetadas da cidade. Integrando informações sobre o risco de transmissão e as formas de combate, o Info Dengue utiliza o conceito ‘10 Minutos Contra a Dengue’, desenvolvido por pesquisadores e profissionais de comunicação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), para incentivar a prevenção da doença.
O Info Dengue é uma iniciativa que envolve a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e será implementado na Secretaria de Vigilância em Saúde do Rio, antes de ser oferecido às cidades de Belo Horizonte e Curitiba. Os dados que alimentarão o sistema serão disponibilizados pelas próprias secretarias dos municípios, por meio de relatórios semanais com números de casos notificados por bairro e índices de infestação, além de indicadores climáticos. Dados de denúncias de focos do mosquito e de menção à dengue nas redes sociais também alimentarão o sistema.
Idealizada com base no conhecimento científico dos pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o projeto é inspirado em uma estratégia de controle do Aedes aegypti adotada em Cingapura, que foi capaz de interromper o pico de epidemia no país com ações semanais da população dentro de suas residências, de apenas 10 minutos, para verificação dos principais criadouros do A. aegypti. Agindo uma vez por semana, é possível interferir no desenvolvimento do vetor, já que seu ciclo de vida, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias. Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão da doença. |