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Iniciadas as atividades do Ano Acadêmico 2015

Entre alunos novos e veteranos, aula inaugural sobre malária reuniu mais de 150 participantes e marcou ainda o retorno do Centro de Estudos do IOC

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) deu início, na última sexta-feira (06/03), a mais um Ano Acadêmico. Com o tema ‘Malária no Brasil: o que se passa fora da Amazônia?’, a aula inaugural, que reuniu cerca de 150 pessoas, foi ministrada pelo chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto, Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro. A cerimônia marcou, ainda, o início das atividades do Centro de Estudos do IOC.

Fizeram parte da mesa de abertura o diretor do IOC, Wilson Savino; o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rodrigo Stabeli; a vice-presidente de Ensino, Comunicação e Informação da Fiocruz, Nísia Trindade; e a representante dos discentes dos Programas de Pós-graduação do Instituto, Maria Fantinatti, que deram boas-vindas aos antigos e novos alunos do Instituto.

Gutemberg Brito

Cerca de 150 pessoas compareceram à aula inaugural

Savino adiantou aos discentes que uma série de eventos científicos serão realizados no Instituto, a fim de promover uma reflexão sobre para que e para quem é feita a Ciência no Brasil. “Gerar pensamento crítico em vocês (alunos), que são o futuro da produção científica no Brasil, é tão fundamental quanto a realização de experimentos na bancada do laboratório”, destacou. “Nós somos cientistas para causar efeito na sociedade e que esse efeito seja para a melhoria social”, completou Rodrigo Stabeli.


Para a aula inaugural, um tema atual

Assunto que foi destaque nos noticiários nas últimas semanas, a malária foi o tema da aula inaugural ministrada pelo chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC, Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro. De acordo com a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto, Elisa Cupolillo, trazer pesquisadores da casa para falar sobre um tema relevante para a saúde pública será uma das diretrizes da edição 2015 do Centro de Estudos. “Vamos trazer mais pesquisadores da Unidade para que eles apresentem o que estão fazendo para os nossos estudantes. É fundamental que essa interação seja incentivada e fortalecida”, frisou.

Durante sua apresentação, Cláudio Ribeiro explicou que a malária no Brasil é transmitida pela picada de mosquitos infectados do gênero Anopheles, podendo ser causada por três espécies de parasitos do gênero Plasmodium, sendo somente um deles letal: o Plasmodium falciparum, que responde por 18% dos casos na Amazônia, região que concentra 99,6% dos casos do agravo. Nesta região, cerca de 60% dos casos são identificados nas primeiras 48 horas de infecção. Em contrapartida, no restante do país, apenas 19% dos casos da doença são identificados nesse prazo, tornando o diagnóstico precoce um desafio para os especialistas.

Gutemberg Brito

Cláudio Ribeiro destacou a importância do diagnóstico precoce da malária, principalmente, em áreas fora da Amazônia

Ribeiro, então, aproveitou a oportunidade para falar sobre a importância do diagnóstico correto e rápido da malária, especialmente em áreas fora da Amazônia, em que a doença não é comum, e muitos médicos a confundem com outras patologias. “É preciso preparar os profissionais de saúde dessas localidades para o diagnóstico correto, uma vez que 55% dos casos de malária fora da região amazônica receberam diagnóstico clínico de dengue”, defendeu. “A malária é uma doença de controle relativamente simples, quando tratada precocemente. Porém, se houver demora, ela pode levar à morte”, acrescentou.

Sobre os casos de malária identificados recentemente na região serrana do Rio de Janeiro,Cláudio Ribeiro contextualizou que, no ano passado, apenas 0,4% do total de casos autóctones da doença aconteceram fora da região Amazônica. “Não há necessidade de alarme. Os casos registrados são do tipo não letal da malária”, enfatizou.

Novidades na programação do Centro de Estudos

Tradicional atividade acadêmica promovida pelo Instituto, o Centro de Estudos tem como objetivo promover debates sobre temas atuais, além de apresentar novas perspectivas nas áreas de pesquisa, gestão de ciência e tecnologia. A atividade gratuita está aberta à participação do público. Para 2015, Savino defendeu uma maior participação de membros do IOC no encontro. “Pretendemos estimular cada vez mais conferências de pesquisadores do próprio Instituto, a fim de valorizar e aproximar estes especialistas dos estudantes, e esta iniciativa já se traduz nesta primeira atividade”, ressaltou.

Uma das coordenadoras do Centro de Estudos e pesquisadora do IOC, Alda Maria da Cruz, falou sobre as novidades na programação do Centro de Estudos. “Cada vez mais, a escolha dos temas está sendo realizada com o objetivo de atender às demandas dos alunos, priorizando temáticas mais contextualizadas para que fiquem ainda mais interessantes para a maioria dos discentes”, afirmou. A vice-presidente de Ensino da Fiocruz, Nísia Trindade, elogiou a atividade. “O Centro de Estudos é fundamental para que se tenha um espaço coletivo de reflexão sobre ciência, sociedade e educação”, completou.

Confira a agenda do Centro de Estudos para o mês de Março clicando aqui.

Fernanda Turino
09/03/2015
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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