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Doença de Chagas é tema de edição especial da ‘Memórias’

Os diferentes cenários de transmissão, estratégias de controle da doença e a resistência a medicamentos estão entre os assuntos da publicação

Causador da doença de Chagas, o protozoário Trypanosoma cruzi é transmitido principalmente pelo inseto conhecido popularmente como barbeiro. Esta, porém, não é a única forma de infecção. Transplante de órgãos, transfusão de sangue, ingestão de alimentos contaminados e transmissão vertical – de mãe para filho – são rotas de contágio que, cada vez mais, se colocam como desafios.

Em edição especial sobre a doença, a revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz traz artigos referentes a estudos apresentados durante o 13º Congresso Internacional de Parasitologia, realizado em 2014, na Cidade do México. Entre os temas abordados estão os diferentes cenários de transmissão, estratégias para o controle da doença e perspectivas para o desenvolvimento de uma vacina.

A edição temática da revista traz importantes revisões sobre variados aspectos da doença de Chagas. Entre os destaques, está o texto assinado pelo pesquisador José Rodrigues Coura , do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que revê os atuais conhecimentos sobre as principais rotas de infecção, incluindo a transmissão por vetores, a transfusão sanguínea e a via alimentar.

O controle integrado da doença de Chagas é tema de uma revisão assinada por pesquisadores de centros de pesquisa argentinos. Ações preventivas para evitar a ocorrência de novos casos e o diagnóstico rápido para um tratamento mais eficiente do paciente estão entre as estratégias destacadas pelos autores.

A transmissão congênita é assunto de uma revisão , que atualiza dados epidemiológicos, sintetiza métodos de pesquisa, estratégias de controle e possíveis meios de prevenção. O tema também é o alvo de um artigo assinado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás. O estudo analisou 1211 pacientes do Centro-Oeste brasileiro e a transmissão pela mãe foi confirmada em 24 indivíduos, representando 2% do total dos casos. O número é ligeiramente diferente do encontrado no Sul do Brasil, onde o tipo de parasito é diferente: lá, a porcentagem foi de 5%. Esta é a primeira pesquisa a correlacionar as diferenças geográficas com as taxas de transmissão congênita e o tipo de parasito predominante em cada região.

Em relação aos desafios do tratamento, um artigo discute a resistência do Trypanossoma cruzi ao benzonidazol, um dos dois medicamentos atualmente prescritos para pacientes com doença de Chagas. O estudo caracterizou pela primeira vez um gene fortemente associado a algumas variedades resistentes do parasito.

Clique aqui para acessar gratuitamente o periódico .

Fernanda Turino
07/05/2015
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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