Curso internacional agregou jornada de seminários a atividades práticas em laboratório em torno da movimentação dos linfócitos, células de defesa do organismo
Conhecer o comportamento dos linfócitos, célula de defesa do organismo, é fundamental para estudos sobre o funcionamento do sistema imune. Diante dessa importância, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realizou entre os dias 22 e 26 de junho o ‘International Course on Lymphocyte Motility’. Promovido pelo Laboratório de Pesquisas sobre o Timo e pelo Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular, o evento reuniu cerca de 70 participantes, entre pesquisadores e estudantes de pós-graduação.
Uma jornada de seminários, ministrada por renomados pesquisadores da área, marcou o primeiro dia do encontro. “Discutimos a importância dos eventos de motilidade para a atividade protetora do sistema imune, principalmente contra infecções e processos cancerígenos”, explicou Vinicius Cotta de Almeida, do Laboratório de Pesquisas sobre o Timo do IOC, e um dos organizadores do evento. “Apresentamos, ainda, as interações dinâmicas dos linfócitos, tanto in vitro como in vivo. Conhecer este percurso, bem como as ações dos linfócitos na busca e resposta ao antígeno é fundamental para a formulação e melhorias de estratégias de combate a diferentes tipos de infecção e de câncer”, complementou o pesquisador.
Gutemberg Brito |
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A jornada de seminários contou com a participação de pesquisadores de renomadas instituições estrangeiras |
Linfócitos em movimento
Estudantes de pós-graduação do IOC e de outras instituições – como a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal de Alagoas e a Fiocruz Bahia – participaram dos cursos práticos, ministrados entre os dias 23 e 26. Aliadas a aulas teóricas, 11 alunos desenvolveram atividades nos laboratórios do Instituto. Dentre as atividades, foram realizados dois experimentos de polarização celular, como a análise de atividade protusiva, a qual permite observar a extensão das membranas destas células durante a sua movimentação, e a formação da sinapse imunológica, evento em que os linfócitos interagem com as células-alvo. “O curso contou, ainda, com o experimento chamado quimiotaxia: com o uso de gradientes químicos, moléculas solúveis que permitem a motilidade, foi reproduzida a atração de linfócitos para determinado local de resposta imune”, explicou Vinicius.
Gutemberg Brito |
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Divididos em pequenos grupos, os alunos reproduziram, em Laboratório e na Plataforma de Microscopia Confocal do IOC, técnicas e análises dos eventos de motilidade linfocitária |
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