Publicada em: 16/01/2016 às 08:10 |
Edição de janeiro da revista ‘Memórias’ está disponível online Entre os destaques, publicação traz estudos sobre origens da protozoologia no Brasil e ocorrência de malária em áreas de mineração da Colômbia A revista ‘Memórias do Instituto Oswaldo Cruz’ de janeiro já pode ser acessada gratuitamente online. Um dos artigos em destaque na publicação apresenta a árvore genealógica da protozoologia – estudo de micro-organismos protozoários – no Brasil. Através da análise de publicações científicas e currículos, o estudo identifica 20 pioneiros do campo e mostra como o trabalho deles resultou na formação de quase dois mil profissionais. Outra pesquisa em evidência alerta para a necessidade de reforço nas medidas de controle da malária em áreas de mineração de ouro na Colômbia. Utilizando estatísticas oficiais como base, o estudo aponta que aproximadamente um terço de todos os casos da infecção registrados no país entre 2010 e 2013 foi originado em regiões de garimpo. Ao todo, dez artigos são apresentados na edição. Na seção de revisões, a revista traz um estudo de meta-análise que compara dois métodos de diagnóstico laboratorial da doença de Chagas crônica – os testes comerciais do tipo Elisa e a tecnologia de PCR – a partir de dados de 59 pesquisas. Já na seção de comunicações curtas, um artigo aponta que insetos flebotomíneos, que podem transmitir leishmanioses, foram identificados ao sul da área de distribuição conhecida na Argentina, em uma região de clima temperado na província de Córdoba. Árvore genealógica científica De acordo com os autores, os pioneiros da protozoologia contribuíram para solidificar o campo no Brasil ao orientar estudantes, organizar encontros científicos e trabalhar juntamente com agências de fomento para financiar as pesquisas na área. Os pesquisadores destacam ainda que iniciativas que aumentaram a disponibilidade de recursos para os estudos podem ter impactado na migração de cientistas para o campo. Além disso, os dados mostram que 85% dos cientistas que completaram o doutorado em protozoologia permaneceram na área, contribuindo para o avanço da ciência. Confira a pesquisa. Associação entre malária e mineração Reportagem: Maíra Menezes |