Fiocruz
no Portal
neste Site
Fundação Oswaldo Cruz
Página Principal

Solidariedade científica contra o vírus Zika

IOC participa de redes de pesquisa criadas a partir de edital da FAPERJ


Em resposta à emergência de saúde pública provocada pela disseminação do vírus Zika e pelos casos de microcefalia, a solidariedade científica tem sido um elemento chave. Mais um passo neste enfrentamento solidário foi dado com o lançamento de seis redes de pesquisa envolvendo instituições do Estado do Rio de Janeiro, a partir do edital ‘Programa Pesquisa em Zika, Chikungunya e Dengue’, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Alinhado às contribuições científicas no conhecimento do vírus, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) lidera duas das redes de pesquisa. O lançamento oficial aconteceu em evento no dia 04 de fevereiro, na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Foto: Lécio A. Ramos / FAPERJ

Alinhado às contribuições científicas no conhecimento do vírus, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) lidera duas das redes de pesquisa.


A chamada Rede 4 (‘Microcefalia associada à infecção pelo vírus zika: uma abordagem transdisciplinar’) será coordenada pelo pesquisador Wilson Savino, diretor do IOC e membro do Gabinete de Enfrentamento à Emergência Sanitária de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN/Fiocruz), enquanto a Rede 2 (‘Aquisição de conhecimentos fundamentais, tecnologias e informação para subsidiar a prevenção e o controle da transmissão vetorial de zika, dengue e chikungunya’) fica sob a coordenação de Ricardo Lourenço, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC. No total, 379 pesquisadores farão parte das seis redes, cujos recursos alocados para financiamento serão da ordem de R$ 12 milhões.

“A formatação de redes permitiu, em um espaço de tempo muito curto, envolver cerca de mil pessoas num trabalho convergente para dar soluções à sociedade. Fazer esse número significativo de laboratórios e instituições se despir de objetivos individuais para embarcar numa atividade cooperativa, solidária e quase impessoal, visando dar respostas à sociedade, é praticamente um marco para a ciência brasileira”, destacou Savino. “Este edital pode ser um nucleador de outras experiencias para o Brasil. Isso possibilitará o surgimento de novas redes”, pontuou.

Para o pesquisador Ricardo Lourenço, o lançamento do edital atua emergencialmente na consolidação dos esforços que a FAPERJ vem fazendo em prol da criação de redes temáticas, sobretudo no que tange à questão epidemiológica do vírus Zika. “Essa conquista só é possível quando se tem um edital assim, que agrega a expertise de vários pesquisadores e instituições”, declarou.

A criação das redes foi recomendada por um comitê de especialistas, com o intuito de abordar todos os aspectos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, incluindo pesquisas voltadas para o vetor e novos métodos de diagnósticos, especialmente sorologia para zika, fisiopatologia, terapias e medidas de prevenção. Segundo o diretor científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva, a verba investida nestas redes resultará em uma economia na faixa de bilhões de Reais, que poderão ser destinados a outros setores da saúde. “Trata-se de um investimento destinado à solução, e não ao problema. Precisamos entender mais sobre o vírus Zika e seus impactos em gestantes”, concluiu.

11/02/2016
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Versão para impressão:
Envie esta matéria:

Instituto Oswaldo Cruz /IOC /FIOCRUZ - Av. Brasil, 4365 - Tel: (21) 2598-4220 | INTRANET IOC| EXPEDIENTE
Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP: 21040-360

Logos