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Agora são ‘10 Minutos Contra o Aedes’

Frente ao atual contexto de saúde pública, campanha idealizada pelo IOC é atualizada para reforçar o combate ao mosquito que transmite dengue, Zika e chikungunya

Velho conhecido dos brasileiros, o mosquito Aedes aegypti tem preocupado ainda mais a população. Além da dengue, ele agora transmite chikungunya e Zika, que pode causar alterações neurológicas em fetos e adultos. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) incentiva a prevenção como uma das principais estratégias de combate à proliferação do vetor, com o objetivo de reduzir a transmissão desses vírus.

Uma destas iniciativas, a campanha ‘10 Minutos Contra a Dengue’, lançada em 2011, tinha como objetivo inicial estimular o combate ao vetor para reduzir a incidência da dengue, doença que já causou grandes surtos no país. Hoje, diante de um novo contexto de saúde pública, o conceito da campanha idealizada por pesquisadores e profissionais de Comunicação do IOC se renova e passa a se chamar ‘10 Minutos Contra o Aedes’. “O novo conceito mobiliza a população para o enfrentamento do Aedes aegypti. Mesmo que já tivéssemos vacinas potentes ou remédios específicos para os vírus da dengue, Zika e chikungunya, a prevenção continuaria sendo a palavra-chave”, destaca Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do IOC e uma das idealizadoras do projeto.

A ideia é bem simples: basta utilizar 10 minutos por semana para a realização de uma vistoria nos principais focos de reprodução do Aedes aegypti presentes no ambiente doméstico. A intervenção periódica é suficiente para interromper o ciclo de vida do mosquito, que leva de 7 a 10 dias para se desenvolver do ovo até a forma adulta. Além de reforçar o cuidado com calhas, bandejas de ar-condicionado, ralos e lonas usadas para cobrir objetos que podem acumular água parada, Denise chama a atenção para os criadouros não-convencionais, segundo ela, aqueles que podem passar despercebidos em uma vistoria de rotina, como o fosso do elevador, as lajes de prédios com nivelamento irregular, obras e mobiliários urbanos que estão próximos às residências. “O elo vulnerável desta corrente está no controle do vetor, pois é mais fácil eliminar o mosquito ainda na fase de larva, em que ele se encontra confinado a um recipiente com água”, explica Denise.

Para orientar a ação de '10 Minutos contra o Aedes', um guia de checagem que destaca os 13 criadouros estratégicos no ambiente doméstico foi elaborado. O material destaca as principais medidas de prevenção e disponibiliza uma tabela para auxiliar na sua checagem semanal. "Elaboramos um material simples e bem didático. Qualquer cidadção pode acessar, imprimir e distribuir para seus familiares, amigos e vizinhos. É um ótimo material para as crianças também, pois contém várias explicações sobbre o mosquito e seus hábitos", ressalta a idealizadora. (Clique aqui e acesse gratuitamente).

Parcerias
Após a elaboração do conceito, a iniciativa passou por uma fase de estruturação de parcerias. Em 2011, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ) levou às ruas um projeto piloto para a aplicação da estratégia, utilizando a ideia nas comunidades do Chapéu Mangueira e Babilônia, na Zona Sul do Rio. O projeto foi tema das campanhas oficiais de combate à dengue no Estado nos anos de 2011 e 2013. Em 2015, inspirou o lançamento de uma campanha de mobilização, controle e enfrentamento às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG). A parceria mais recente, em fase de implementação, é com a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (SESAU/RR) que busca intensificar as ações de combate ao mosquito na região.

Todas as informações sobre a iniciativa podem ser acessadas em www.ioc.fiocruz.br/aedes


Reportagem: Lucas Rocha
20/04/2016
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