IOC marcou presença na 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, destacando as variadas ligações entre o alimento, a ciência e a saúde. Confira a galeria de fotos
Max Gomes |
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Centenas de adolescentes, jovens e adultos acompanharam as atividades promovidas pelo IOC na 13ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia |
Além de ajudar a manter uma dieta rica em nutrientes, conhecer a composição dos alimentos pode evitar doenças como diabetes, por exemplo. Foi com esse mote que o núcleo ‘Mais que comidas, nutrientes!’ ofereceu aos visitantes um ‘prato cheio de conhecimento’ sobre as quantidades máximas de açúcares e proteínas indicadas para o consumo diário. No ‘Jogo das Refeições’, desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa em Leishmanioses, os visitantes foram estimulados a optar por refeições mais saudáveis, substituindo alimentos industrializados, considerados ‘pobres’ em nutrientes para a saúde humana. Aluno do 7º ano da Escola Municipal Brasil, de Olaria, na Zona Norte do Rio, Samuel de Lima, de 15 anos, ressaltou que, durante a atividade, aprendeu informações complementares ao conteúdo escolar. “As dicas de alimentação foram as partes mais interessantes do evento. Eu tento comer coisas variadas, como maçã e banana no lanche e também uma saladinha com arroz e feijão no almoço. Agora sei a importância disso para a saúde”, comentou. Já na ‘Na trilha dos Nutrientes’, jogo de tabuleiro desenvolvido pelo Laboratório de Avaliação em Ensino e Filosofia das Biociências, os participantes calcularam a quantidade e os tipos de alimentos que diferentes perfis de pessoas precisam para exercer atividades cotidianas. Um torso do corpo humano, apresentado pelo Laboratório de Patologia, também atraiu olhares curiosos. O objetivo foi mostrar que os alimentos percorrem um longo caminho pelo corpo até passarem pelo processo de digestão, o que permite ampla absorção dos nutrientes. A ação da saliva e da bile foi observada com o uso de microscópios.
Gutemberg Brito |
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Jogos e brincadeiras estimularam os participantes a refletir sobre a importância da alimentação saudável e do exercício físico para a prevenção de doenças como a diabetes |
O núcleo ‘Operação cozinha limpa’ mostrou que a manutenção de uma rotina saudável também depende de cuidados que vão além da escolha dos alimentos. A lavagem correta das mãos, por exemplo, pode evitar infecções intestinais. A atividade coordenada pelo Laboratório de Estudos Integrados em Protozoologia destacou o passo a passo para uma correta higienização, que deve ser feita antes e após as refeições. O tema também compôs o ‘cardápio’ de atividades nos estandes do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas e do Laboratório de Enterobactérias, que abordaram os perigos causados pelos parasitos giárdia e Salmonella, que podem ser transmitidos por meio da ingestão de água contaminada ou pelo consumo de alimentos mal cozidos, respectivamente.
Mosquitos, abelhas, borboletas e os mais variados insetos que conhecemos também precisam de nutrientes para sobreviver, mostrou o núcleo ‘Insetos também comem’. Dentre as fontes de alimentação, estão substâncias como frutas e até mesmo o sangue humano e animal. Os Laboratórios Interdisciplinar de Vigilância Entomológica em Díptera e Hemíptera e de Bioquímica e Fisiologia de Insetos apresentaram as principais características do ‘barbeiro’, vetor da doença de Chagas. Na exposição, insetos vivos e espécimes em lâmina puderam ser observados com o uso de microscópios. Os pesquisadores chamaram a atenção para medidas que ajudam a evitar o contato com o inseto, como a higienização e manutenção de alimentos em ambientes vedados. A equipe do Laboratório de Simulídeos, Oncocercose e Infecções Simpátricas: Mansonelose e Malária apresentou os mosquitos simulídeos, conhecidos popularmente como ‘borrachudos’. Esses insetos se desenvolvem em rios, possuem hábito diurno e uma picada que provoca coceira intensa. São responsáveis pela transmissão de uma doença pouco conhecida, a oncocercose (cegueira dos rios), causada pela filária Onchocerca volvulus.
Gutemberg Brito |
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Os hábitos alimentares de insetos podem indicar os riscos que eles oferecem para a saúde humana. Os 'borrachudos', por exemplo, se alimentam de sangue humano e podem provocar uma doença conhecida como 'cegueira dos rios' |
Você sabia que na sua refeição pode haver alimentos e plantas que, além de serem nutritivos, são fontes de substâncias fundamentais para pesquisas científicas? O núcleo ‘Da natureza para o laboratório’ mostrou como os compostos extraídos de vegetais podem ser utilizados nos tratamentos de hepatites, doença de Chagas e leishmaniose, por exemplo. O Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos abordou o Projeto Selênio, iniciativa que utiliza o mineral encontrado na castanha-do-pará como estratégia complementar no tratamento da doença de Chagas. Já o Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos fez exposição da apigenina, molécula encontrada no aipo e que pode ser utilizada no tratamento da Leishmaniose para reduzir a carga parasitária e as lesões decorrentes do agravo. Já o Laboratório de Hepatites Virais desenvolveu um jogo de tabuleiro que mostrou como a Vitamina D que pode contribuir para melhores resultados no tratamento das hepatites. Além destas atividades, os visitantes puderam conhecer - em visita ao Borboletário Fiocruz - o fascinante mundo das borboletas e como esses insetos pequenos e coloridos desempenham uma função importante na produção de frutos de diversas plantas: a polinização.
Josué Damacena |
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De acordo com os pesquisadores, conhecer os nutrientes presentes em cada alimento pode ajudar na hora de montar refeições mais saudáveis e equilibradas |
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