Publicada em: 08/11/2016 às 17:05 |
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Discussão sobre a importância das pesquisas em rede No segundo dia do evento ‘Zika’, cientistas debateram como estudos têm sido acelerados por parcerias que reúnem instituições de pesquisa e de financiamento de diversos países
Nos últimos meses, instituições de ensino e pesquisa brasileiras e estrangeiras se mobilizaram em prol da criação de redes de trabalho. O diretor científico da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima Silva, destaca o programa elaborado pela instituição, que apoia seis redes de pesquisa voltadas para estudos sobre Zika, dengue e chikungunya. O programa prioriza a busca por respostas emergenciais sobre as doenças, incluindo o estudo de novos métodos de diagnóstico sorológico para o vírus Zika, ações eficientes de controle do vetor – o mosquito Aedes aegypti – e a criação de métodos terapêuticos, como uma potencial vacina. “A comunidade científica tem feito um trabalho impressionante de qualidade e em grande quantidade, como mostra o grande número de publicações referentes a descobertas recentes sobre o vírus Zika. A parceria em pesquisa é fundamental para tratar e prevenir essas doenças”, ressalta Jerson. O programa mobiliza mais de 300 pesquisadores de centros de ciência e tecnologia fluminenses e deve disponibilizar, nos próximos dois anos, recursos da ordem de R$ 12 milhões.
Já a parceria entre a Fiocruz e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, permitiu o desenvolvimento de um estudo que avalia os riscos à saúde de gestantes e bebês diante da infecção pelo vírus Zika. “Por meio de um trabalho em rede, estamos desenvolvendo um amplo estudo que permite avaliar o que acontece com os bebês e com os fetos de mães que não apresentam sintomas do vírus Zika”, ressalta a pesquisadora Maria Elisabeth Lopes Moreira, coordenadora da Unidade de Pesquisa Clínica do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
A pesquisadora apresentou um panorama sobre o estudo ‘Zika in Infants and Pregnancy-ZIP’ (Zika em Grávidas e Bebês), que tem o objetivo de acompanhar até 10 mil mulheres, a partir no primeiro trimestre de gravidez, para determinar se foram expostas ao Zika e avaliar as consequências da infecção para mãe e feto nos casos positivos. Os bebês das mães participantes serão acompanhados pelo menos ao longo de ano após o nascimento. Reportagem: Lucas Rocha Edição: Raquel Aguiar 08/11/2016 Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz) |
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