Simpósio realizado pela Rede Internacional de Institutos Pasteur destacou a importância do desenvolvimento de novas ferramentas para o enfrentamento de doenças. Encontro contou com a presença de pesquisadores do IOC e de especialistas de diversas áreas do conhecimento
Cientistas brasileiros e estrangeiros se reuniram em Paris, na França, para discutir aspectos da pesquisa que podem levar à descoberta de novos biomarcadores, durante a 3ª edição do Simpósio Científico da Rede Internacional dos Institutos Pasteur (RIIP), entre os dias 29 de novembro e 02 de dezembro. O encontro, que chamou a atenção para a necessidade de inovação em ferramentas para a detecção e vigilância de doenças a nível epidemiológico, bem como para o diagnóstico e monitoramento de infecções e condições clínicas, contou com a presença do diretor do IOC, Wilson Savino, e do chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC, Ricardo Lourenço. Especialistas de diferentes áreas do conhecimento compartilharam resultados de suas pesquisas em palestras, apresentações orais e sessões de pôsteres.
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Pesquisadores de diversos países se reuniram para discutir estratégias para o desenvolvimento de novos biomarcadores para o enfrentamento de doenças |
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Um dos convidados do evento-satélite do Simpósio, o pesquisador Ricardo Lourenço abordou a importância do investimento para pesquisas sobre doenças transmitidas por mosquitos, como a chikungunya e a febre amarela |
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O diretor do IOC, Wilson Savino, apresentou resultados de pesquisa sobre a distrofia muscular de Duchenne |
Durante o Simpósio principal, o diretor do IOC e pesquisador do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo, Wilson Savino, apresentou resultados parciais de um estudo em desenvolvimento sobre a molécula CD49d, um biomarcador de progressão e potencial alvo para a imunoterapia na distrofia muscular de Duchenne (DMD) – doença neuromuscular hereditária, progressiva e destrutiva. Os pesquisadores identificaram altos níveis de CD49d em células T circulantes em pacientes com distrofia, comparados com um grupo de controle saudável. O estudo mostrou que a CD49d pode ser utilizada como um novo biomarcador para predizer a rápida progressão da distrofia muscular de Duchenne. Resultados semelhantes foram encontrados em ensaios pré-clínicos realizados com cães da raça Golden Retriever com distrofia muscular. Além disso, os autores viram que linfócitos T expressando níveis altos de CD49d apresentam uma resposta migratória aumentada, o que deve contribuir para o processo inflamatório que existe nos músculos dos pacientes. A pesquisa mostrou ainda que os anticorpos e peptídeos anti-CD49d foram capazes de bloquear esta resposta migratória e que, potencialmente, podem ser usados como abordagem terapêutica para reduzir danos ao tecido causados pela inflamação e, possivelmente, reduzir também a progressão da doença.
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