Publicada em: 27/01/2017 às 18:02 |
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Dia Mundial de Combate à Hanseníase: novos e antigos desafios Pesquisador alerta para crescimento da resistência a medicamentos entre bactérias causadoras da doença. Estudo destaca papel dos centros de referência no combate ao agravo e ressalta necessidade do diagnóstico precoce Na semana que marca o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado no último domingo de janeiro, 29/01, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) chamam atenção para novos e antigos desafios no enfrentamento da doença. Segundo país com maior número de casos no mundo, atrás apenas da Índia, o Brasil tem registrado queda progressiva nos índices do agravo. Mesmo assim, em 2015, foram notificados 28 mil novos casos: o número alto indica que a transmissão da doença continua ocorrendo de forma intensa. No mesmo ano, seis em cada cem pacientes só descobriram a infecção quando já apresentavam deformidades visíveis, afetando a função de olhos, mãos ou pés, o que aponta para o diagnóstico tardio. Considerando que o tratamento precoce é capaz de prevenir tanto as lesões irreversíveis da hanseníase quanto a transmissão do agravo, os pesquisadores do IOC destacam que realizar o diagnóstico da infecção o mais cedo possível continua sendo a principal estratégia contra a doença. Ao mesmo tempo, é preciso agir em novos desafios, como o aumento da resistência da bactéria Mycobacterium leprae, causadora da enfermidade, aos medicamentos tradicionalmente utilizados na terapia.
Edição: Raquel Aguiar 27/01/2017 Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz) |