Publicada em: 28/03/2017 às 16:49 |
|||||||||
"Se você acha que a pesquisa é cara, tente a doença" Segundo dia do III Simpósio de Pesquisa do IOC trouxe para a discussão os desafios relacionados ao financiamento da produção científica no Brasil. Evento continua nesta quarta-feira O segundo dia de atividades do III Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em 28/03, foi marcado por discussões em torno dos desafios relativos ao financiamento da produção científica no Brasil. O tema foi alvo das apresentações de Jerson Lima e Silva, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), e Rodrigo Correa-Oliveira, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz (VPPCB/Fiocruz). A programação contou, ainda, com a palestra ‘Interface pesquisa/inovação: uma vacina para esquistossomose’, ministrada por Miriam Tendler, pesquisadora do Laboratório de Esquistossomose Experimental do Instituto. Os temas ‘Desenvolvimento científico e Política de Acesso Aberto à Informação’ e ‘Pesquisa e Serviço de Referência: Como é este binômio?’ também deram tônica ao penúltimo dia de evento.
Principais provedoras da produção científica brasileira, as agências de fomento à pesquisa e inovação vêm sofrendo os efeitos da situação política e econômica do país. Segundo o diretor científico da Faperj, Jerson Lima, o que vinha num ritmo promissor desde 2003, há três anos passou a sofrer uma queda vertiginosa. "De 2006 a 2014, a Faperj viveu anos de ouro com o aumento da receita do Estado e o cumprimento do repasse de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para Ciência e Tecnologia. No último triênio, o número de editais lançados diminuiu gradativamente devido à recessão financeira do Estado. Este ano, por exemplo, se a situação político-econômica não melhorar, a perspectiva de lançamento de algum edital é pequena", enfatizou Jerson, contrapondo que, apesar da crise, a ciência brasileira cresceu bastante nas últimas três décadas. "No período de 1980 a 2010, houve um crescimento relevante da produção científica no país e no mundo. Isso se deu, em grande parte, graças ao aumento do número de pós-graduações, que, nos últimos 12 anos, passou por uma evolução histórica de 209%", disse.
Em sua apresentação, o pesquisador Rodrigo Correa-Oliveira destacou as quatro áreas de atuação da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz: geração e difusão do conhecimento de excelência; pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico; aprimoramento das redes de plataformas; e ações estratégicas de pesquisa translacional. Ele também contextualizou o atual cenário de CT&I na instituição e apresentou as propostas da Fundação para incentivar e alavancar a inovação nos laboratórios de pesquisa. “Os projetos precisam de integração com a cadeia de inovação, que, por sua vez, necessita estar relacionada à interação entre os envolvidos, seja no contexto institucional, regional, nacional ou internacional”, comentou.
Edição: Raquel Aguiar 28/03/2017 Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz) |
|||||||||