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Iniciação científica, oportunidade para o despertar de vocações

Mais de 150 jovens apresentaram seus trabalhos e, ao lado de pesquisadores e alunos de doutorado, discutiram as múltiplas possibilidades da carreira científica

“A possibilidade de conhecer a ciência como um todo e o que se faz nos estágios iniciais da carreira científica.” “Uma experiência que não dá para comparar com nenhum trabalho de faculdade, é um preparo para a monografia.” “O compartilhamento de informação enriquecedor que contribui para a construção do nosso trabalho.” Essa pequena amostra de depoimentos deixa clara a relevância da Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) para a trajetória dos mais de 150 estudantes que integram a iniciativa. A 25ª edição do evento foi realizada entre os dias 29 de maio e 02 de junho, no campus da Fiocruz em Manguinhos, Rio de Janeiro, tendo como tônica a troca de conhecimento entre bolsistas de iniciação científica e tecnológica, pesquisadores e estudantes dos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC.

Gutemberg Brito

A troca de conhecimento e a participação intensa dos alunos marcaram o evento que contou com mais de 150 estudantes


Ao longo da jornada de atividades, os jovens puderam apresentar os trabalhos desenvolvidos nos laboratórios e setores do Instituto, refletindo o abrangente universo biomédico: imunologia, virologia, parasitologia e doenças transmitidas por insetos vetores estiveram entre os temas mais frequentes. Na maratona de cinco dias de evento, um batalhão foi convocado para avaliar os trabalhos: nada menos que 90 pesquisadores, entre especialistas do IOC e de outras instituições de ensino, que teceram críticas e sugestões. Foi uma oportunidade ímpar para incorporar melhorias aos projetos. O diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, destacou o aprendizado de perseverança que a iniciação científica proporciona, ensinando sobre a procura constante que norteia a atividade do cientista. “Conviver com jovens que estão no início da carreira científica é um estímulo ao aprendizado e a novos desafios. Sabemos a dificuldade da jornada no trabalho científico: o importante é termos em mente que, de nove resultados não tão bons quanto queríamos, o décimo é bom e nos dá forças para continuar”, ressaltou.

Os 24 melhores trabalhos foram destacados durante o encerramento do evento. Entre os premiados, está o estudo desenvolvido pelo estudante de iniciação científica Jullian Torres Braz da Silva, do Laboratório de Inflamação do IOC. Ele investiga os efeitos do vírus H1N1 na exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica. “É a primeira RAIC em que participo. Eu não esperava que pudesse receber uma premiação tão rápido. Descobri que os assuntos estudados na Fiocruz são muito amplos, o que superou as minhas expectativas quanto ao evento”, ressaltou. Participando da RAIC pela quarta vez, Sarah Beatriz Salamene Salvador, do Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC, foi reconhecida pelo estudo sobre a detecção dos vírus da hepatite A e E em amostras clínicas e ambientais. “Ser arguida por pesquisadores e cientistas é muito importante para que possamos ver aspectos em que podemos aprimorar o nosso trabalho”, salientou a estudante. Aspectos da biologia celular e molecular relacionados ao inseto vetor da leishmaniose foram apresentados por Monique de Souza Ramalho, do Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos e Vetores, também premiada. “Conhecer outros temas e projetos nos abre a mente para assuntos que não conhecemos tanto. Ouvir a opinião de especialistas de diferentes áreas me fez levantar algumas dúvidas e hipóteses que podem amadurecer para um futuro mestrado”, contou Monique, que já planeja os próximos passos da carreira científica.

Gutemberg Brito

Os melhores trabalhos da 25ª edição da RAIC foram destaque do encerramento do evento. Cerca de 90 pesquisadores avaliaram os estudos apresentados ao longo da semana


A cerimônia de encerramento e a entrega dos prêmios contou com a participação do diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite; do vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Marcelo Alves Pinto; do vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Jonas Enrique Perales Aguilar; da atual coordenadora do Programa de Estágios do IOC, Mariana Waghabi; do ex-coordenador, André Roque; e do coordenador-adjunto dos Programas de Pós-graduação da Fiocruz, Milton Ozório de Moraes. “A participação intensa dos alunos junto às atividades propostas enriqueceu a RAIC este ano. As sessões foram incríveis, com bastante resultado e empenho”, destacou Mariana, que conhece bem os benefícios dessa oportunidade de ingresso antecipado no ambiente acadêmico: ela mesma foi estudante de iniciação científica, durante a graduação em Ciências Biológicas.

Outros destaques
O evento contou com a participação do pesquisador André Luis Souza dos Santos, do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que ministrou a palestra ‘Desafios (diários), tarefas (múltiplas) e estímulos (necessários) vivenciados por pesquisadores brasileiros: relato de caso (pessoal)’. Ainda no contexto da experiência acadêmico-científica, a mesa-redonda com estudantes dos programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC possibilitou o intercâmbio de informações e o esclarecimento de dúvidas sobre o cotidiano dos cursos de mestrado e doutorado.

Reportagem: Lucas Rocha
Edição: Raquel Aguiar
05/06/2017
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