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Um dia dedicado à genômica

Da prevenção e tratamento de agravos ao combate de vetores de doenças, a genômica pode ser aplicada a diversos estudos. Em evento, os avanços da área foram discutidos por pesquisadores e estudantes

A genômica permite o desenvolvimento de estudos em áreas variadas: das doenças de origem genética ao combate do mosquito Aedes aegypti. O rápido desenvolvimento de novos métodos e tecnologias levam pesquisadores de todo o mundo a uma verdadeira corrida para acompanhar as descobertas e os avanços na área. Para discutir o tema, um encontro reuniu pesquisadores e estudantes no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), na sexta-feira, 23 de junho, no campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro. “Com uma linguagem simples, abordamos aspectos importantes das pesquisas e descobertas realizadas em torno do sequenciamento do genoma e de aplicações práticas em saúde e biotecnologia. A genômica tem avançado vertiginosamente, portanto, é fundamental popularizar os conhecimentos que os pesquisadores têm produzido”, destacou Alberto Dávila, pesquisador do Laboratório de Biologia Computacional e Sistemas do IOC e coordenador do evento. A iniciativa integra o Programa ‘IOC+Escolas’, que amplia ações de divulgação científica junto a estudantes. As atividades integraram o Festival de Ciência promovido pelo Museu da Vida, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), entre os dias 22 e 24 de junho.

Gutemberg Brito

Os avanços da genômica foram destaques do encontro que contou com a presença de pesquisadores de diferentes Laboratórios do IOC


No encontro, pesquisadores do IOC apresentaram aspectos teóricos e práticos da genômica, área da ciência relacionada aos estudos do sequenciamento completo do DNA de um organismo. A introdução ao tema ficou por conta das pesquisadoras Luiza Pereira, do Laboratório de Pesquisa em Leishmaniose do IOC, e Verônica Zembrzuski, do Laboratório de Genética Humana do Instituto. O pesquisador Ademir Martins, do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores, abordou o uso de mosquitos transgênicos e da bactéria Wolbachia como estratégias de controle do mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus dengue, Zika e chikungunya. Já a pesquisadora Ana Paula Assef, do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto, chamou a atenção para a resistência de bactérias aos antibióticos, que tem como causas o uso inadequado desses medicamentos. De acordo com Ana Paula, as ‘superbactérias’ também adquirem resistência a grande parte dos antibióticos disponíveis devido a mutações genéticas. A diversidade genômica dos vírus foi tema da palestra do pesquisador Eduardo Volotão, do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental. Representante do Laboratório de Hanseníase, Lucia Elena Alvarado Arnez destacou as atividades do Projeto Olimpioma, iniciativa do Consórcio Internacional Metagenômica e Metadesenho do Metrô e Biomas Urbanos, conhecido como MetaSUB, que conta com a parceria do IOC para realizar o mapeamento da diversidade microbiana em estações de metrô do Rio. O MetaSUB compõe um amplo projeto sobre o microbioma de ambientes que concentram grande movimento de pessoas, como metrôs, praças e parques – locais com grande potencial de circulação de material genético.


Reportagem: Lucas Rocha
Edição: Raquel Aguiar
26/06/2017
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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