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Vigilância integrada do vírus dengue

Curso realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde, em parceria com o IOC e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, reuniu pesquisadores de 11 países

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) realizou, em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), um curso internacional sobre o sequenciamento do vírus da dengue. A iniciativa é o primeiro passo para o estabelecimento de uma vigilância integrada para a identificação de genótipos do vírus dengue que circulam no continente americano. A capacitação reuniu cerca de 20 pesquisadores de 11 países, como Argentina, Cuba, Guatemala e Costa Rica, entre os dias 04 e 08 de dezembro, no campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Diante do desafio de conhecer a diversidade genética do vírus da dengue na região das Américas, os pesquisadores se dedicaram a uma extensa revisão da atual circulação de genótipos e linhagens do vírus no continente. A circulação simultânea dos quatro sorotipos do vírus dengue aumenta o risco do surgimento de casos mais graves da doença, o que reforça a necessidade de melhorias na vigilância epidemiológica. “A participação de pesquisadores de diferentes partes das Américas enriqueceu as discussões. Demos um passo importante para a estruturação de um estudo prospectivo da epidemiologia molecular do vírus na região”, destacou Ana Bispo, chefe do Laboratório de Flavivírus do IOC e coordenadora das atividades.

Divulgação

Capacitação reuniu cerca de 20 pesquisadores de 11 países das Américas para discutir a diversidade genética do vírus dengue


Por meio de atividades práticas realizadas no Laboratório do IOC, os participantes foram treinados a executar o sequenciamento genômico e a análise filogenética dos vírus dengue, utilizando protocolo desenvolvido pelo CDC de Porto Rico. A ideia é que os países que fazem parte da Rede de Laboratórios de Diagnóstico de Arbovírus (RELDA), coordenada pela OPAS, passem a adotar o protocolo.

O Laboratório de Flavivírus foi pioneiro no isolamento de genótipos do vírus dengue desde a década de 1980. Em 2011, a equipe foi responsável pela identificação do vírus dengue tipo 4 (DENV-4) em amostras de pacientes do Estado do Rio de Janeiro – a primeira detecção desse sorotipo na Região Sudeste do país. Os casos foram confirmados pelas técnicas de sorologia e de diagnóstico molecular (RT-PCR), além do sequenciamento parcial do genoma viral.

Reportagem: Lucas Rocha
Edição: Vinicius Ferreira
08/12/2017
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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