Publicada em: 20/12/2017 às 16:30
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Malária, espectroscopia e micobactérias são temas de cursos
Jornalismo

Atividades tiveram a participação de cerca de 150 pessoas, entre estudantes e pesquisadores brasileiros e estrangeiros

Grandes conquistas marcaram a trajetória do Ensino no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em 2017. Vale lembrar o êxito na avaliação quadrienal da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o reconhecimento nos prêmios Capes de Tese e Oswaldo Cruz de Teses como alguns dos motivos para celebrar este período. O ano acadêmico da Pós-graduação Stricto sensu do Instituto ficou ainda mais movimentado com a realização de três cursos de abrangência internacional, que concluíram as atividades de 2017 com chave de ouro. Ao todo, foram mais de 35 especialistas brasileiros e de países como Estados Unidos, França e Bolívia, reunidos com cerca de 150 estudantes e pesquisadores de vários estados do país para discutir temas como malária, espectroscopia e micobactérias. Leia mais sobre cada atividade abaixo.

Alex Gomes/IOC

O uso de modelos experimentais no desenvolvimento de estudos sobre a malária foi tema de curso internacional realizado entre os dias 11 e 15 de dezembro


O uso de modelos experimentais no desenvolvimento de estudos sobre a malária foi o centro das discussões do curso ‘Experimental Models in Malaria: biology, vaccines and pathogenesis’, promovido pelo Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária do IOC, entre os dias 11 e 15 de dezembro. “O uso de modelos experimentais em pesquisas sobre a malária é extensivo e intensivo. O curso teve como propósito não apenas discutir em que circunstâncias tais modelos são ou podem ser usados, mas também a relevância de seu uso, as limitações e as alternativas disponíveis. Além disso, houve debates e apresentações em torno do tema das vacinas antimaláricas”, explicou Leonardo Carvalho, pesquisador do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC, que coordenou o curso junto aos pesquisadores Josué Lima Junior, do Laboratório de Imunoparasitologia do IOC, e Fábio Trindade Maranhão Costa, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A iniciativa contou com a presença de 35 participantes, entre pesquisadores, pós-doutorandos, alunos de pós-graduação e de iniciação científica de instituições como as universidades federais Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro (UFRJ), de Juiz de Fora (UFJF) e do Amazonas (UFAM), além da Fiocruz Rondônia e do IOC. Cerca de 20 cientistas brasileiros e estrangeiros ministraram palestras, incluindo Rogerio Amino, do Instituto Pasteur, e Georges Snounou, da Universidade Pierre e Marie Curie, ambos de Paris (França), além de especialistas do IOC, da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Unicamp.

Divulgação

Técnicas que utilizam a radiação eletromagnética para obter dados sobre a estrutura e as propriedades de uma amostra foram abordadas durante o curso internacional sobre espectroscopia


Em sua primeira edição, o ‘Curso Internacional de Espectroscopia de Infravermelho e de Raman aplicadas à Biologia’ abordou técnicas que utilizam a radiação eletromagnética para obter dados sobre a estrutura e as propriedades de uma amostra biológica. A iniciativa procurou estimular o desenvolvimento de redes de pesquisa em Espectroscopia Vibracional aplicada à ecologia, ao diagnóstico e à epidemiologia de doenças parasitárias. Realizado entre os dias 11 e 15 de dezembro, vinculado à Pós-graduação em Biologia Parasitária, o curso contou com a presença de renomados profissionais, como o cientista William Folley, da Universidade Nacional da Austrália, que ministrou a palestra de abertura do curso internacional em sessão integrada ao Centro de Estudos do IOC. Também contribuíram para as discussões pesquisadores do Museu Nacional de História Natural (Bolívia), da Unicamp, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e do IOC. Coordenaram a iniciativa as pesquisadoras Claudia Portes Santos Silva e Clélia Christina Mello-Silva, do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do IOC. “A troca de saberes e descoberta de novas aplicações abrem novas perspectivas de aplicação da técnica nas pesquisas em cooperação nacional e internacional”, pontuou Claudia. Participaram cerca de 20 pessoas, incluindo estudantes de pós-graduação do IOC, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) e da Universidade da Antuérpia (Bélgica), além de especialistas da Fiocruz e da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Josué Damacena/IOC

O desenvolvimento de novas estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento das micobactérias foi um dos temas discutidos no curso que reuniu cerca de 100 participantes


Os avanços e novidades da pesquisa sobre as micobactérias, micro-organismos associados a doenças como hanseníase e tuberculose, foram destaques do curso promovido pelo IOC por meio da Pós-graduação em Biologia Parasitária. A atividade abordou, entre outros assuntos, o conhecimento básico relacionado aos mecanismos de imunopatogênese e o desenvolvimento de novas estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento. “Além do conteúdo diversificado e atraente para os alunos, a disciplina proporcionou a oportunidade de colaboração entre os participantes. Foi uma experiência muito rica para todos os envolvidos”, destacou Roberta Olmo Pinheiro, pesquisadora do Laboratório de Hanseníase do IOC e coordenadora do curso, realizado no fim do mês de novembro. Cerca de cem pessoas participaram das atividades, entre pesquisadores e estudantes de pós-graduação do IOC e de instituições como a UFRJ e o Instituto Lauro de Souza Lima (ILSL), de Bauru (SP). Em um ambiente favorável ao intercâmbio de ideias, a dinâmica do curso propiciou que especialistas brasileiros e estrangeiros pudessem contribuir com sugestões de melhoria para os projetos de pesquisa apresentados por estudantes. Entre os convidados, estavam profissionais de referência na área, como os pesquisadores Roberto Modlin, da Universidade da Califórnia, e Patrick Brennan, da Universidade do Estado do Colorado, ambas nos Estados Unidos.

Reportagem: Lucas Rocha
Edição: Raquel Aguiar
20/12/2017
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)


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